O senador citou dados de 2022 da empresa de cibersegurança Fortinet, que apontam o Brasil como o segundo país mais atingido por ataques cibernéticos na América Latina e no Caribe. Segundo os números apresentados, houve um aumento de 16% em relação ao ano anterior, o que representa quase 30% do total de países da região que sofreram mais de 360 bilhões de tentativas de ciberataques. Amin ressaltou que esses dados se referem apenas às vítimas que precisaram de auxílio de terceiros, indicando que a situação pode ser ainda mais grave.
O parlamentar também criticou o decreto presidencial que instituiu a PNCiber e o CNCiber em dezembro de 2023, argumentando que as políticas de segurança cibernética deveriam passar pelo Congresso por meio de projeto de lei. De acordo com o Regimento Interno do Senado Federal, a CRE tem a responsabilidade de selecionar anualmente políticas públicas do Poder Executivo para avaliação.
O requerimento de Amin será encaminhado à Subcomissão de Defesa Cibernética, que terá os senadores Fernando Dueire (MDB-PE) e Nelsinho Trad (PSD-MS) como membros efetivos, e os senadores Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), Chico Rodrigues (PSB-RR) e Izalci Lucas (PL-DF) como suplentes, todos designados pelo presidente da CRE, senador Renan Calheiros (MDB-AL). A subcomissão terá a responsabilidade de aprofundar a análise da PNCiber e do CNCiber, visando fortalecer a segurança cibernética do país.