Desde fevereiro, os preços do cobre vêm apresentando uma tendência de alta, atingindo nesta sexta-feira a marca de mais de 10.000 dólares por tonelada, na Bolsa de Metais de Londres. Esse valor representa uma valorização significativa em relação aos meses anteriores e demonstra a valorização do cobre no mercado internacional.
Neste cenário, a mineradora britânica Anglo American rejeitou uma oferta de compra da concorrente australiana BHP, no valor de 38,8 bilhões de dólares, por considerá-la baixa e pouco atrativa. Essa recusa evidencia a valorização do cobre e a importância estratégica desse metal para as empresas do setor.
Segundo especialistas, o cobre é considerado o “novo petróleo” em um mundo que busca se tornar mais sustentável e utilizar fontes de energia limpas. Sua alta condutividade e múltiplos usos na transição energética o tornam um elemento crucial para a infraestrutura de energias renováveis e veículos elétricos.
Além disso, a expansão das redes elétricas, o aumento do consumo de energia e a utilização do cobre em baterias para armazenamento de energia são fatores que contribuem para o aumento da demanda por esse metal.
No entanto, a oferta de cobre está sob pressão devido a greves, tensões geopolíticas e reserva em declínio. Os principais produtores mundiais são o Chile, Peru, República Democrática do Congo, China e Estados Unidos, o que evidencia a importância estratégica desse metal para a economia global.
Com a crescente valorização do cobre e sua importância na transição energética, é fundamental que os países e as empresas invistam em tecnologias sustentáveis e na exploração responsável desse recurso natural essencial para o futuro da humanidade.
