Economia dos EUA e incerteza sobre juros do Fed pressionam ouro em semana de desvalorização de 3%

O mercado do ouro fechou a semana com uma alta modesta, mas com perdas significativas em relação à semana anterior. A variação de aproximadamente 3% reflete a incerteza que paira sobre a economia dos Estados Unidos e sobre a trajetória dos juros do Federal Reserve (Fed).

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega para junho encerrou o dia em alta de 0,20%, atingindo o patamar de US$ 2.347,20 a onça-troy. No entanto, considerando a variação semanal, houve uma queda de 2,76%, demonstrando a instabilidade do mercado.

A volatilidade foi acentuada por novas dúvidas em relação à economia americana, fator que pressionou o ouro hoje. O fortalecimento do dólar e a redução das perdas nos juros dos Treasuries contribuíram para esse cenário incerto. Além disso, dados conflitantes alimentaram as especulações em torno da possibilidade de cortes de juros ainda este ano ou apenas em 2025, em função das perspectivas sobre a inflação.

A análise dos especialistas da BMI aponta que a força do dólar e a diminuição das expectativas de cortes de juros devem conter o avanço do ouro, mas as tensões geopolíticas no Oriente Médio representam um suporte para o metal precioso. O Commerzbank destaca a demanda chinesa como um dos elementos que podem sustentar os preços do ouro, com um aumento no consumo do metal precioso no país asiático.

Diante desse contexto de incertezas e volatilidade, os investidores e analistas permanecem atentos aos desdobramentos do mercado do ouro, considerando tanto os aspectos econômicos globais quanto os eventos geopolíticos que podem influenciar o comportamento do metal precioso nas próximas semanas.

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