De acordo com a pesquisa, a interação com cães tem um efeito antiestresse significativo nos seres humanos. Durante o estudo, 30 adultos participaram de oito atividades diferentes com um cão por três minutos cada, incluindo reuniões, brincadeiras, alimentação, massagem, higiene, fotografia, abraços e caminhadas. A atividade cerebral dos participantes foi medida durante essas interações, e descobriu-se um aumento da atividade em áreas ligadas ao bem-estar e ao foco.
O estudo também mostrou que atividades como alimentar, massagear e abraçar o cachorro reduziram o estresse nos participantes, resultando em uma pontuação menor no transtorno de humor. Além disso, práticas como passeios e massagens no animal ativaram um relaxamento mais acentuado, estabilidade emocional, atenção, concentração e criatividade, contribuindo para um aumento da atividade cerebral.
A psicóloga clínica Rhayssa Cavalcanti de Barros Felipe, conselheira titular do Conselho Regional de Psicologia de Pernambuco (CRP-PE), destacou que o vínculo criado entre tutor e o animal cria uma rotina de cuidados que beneficia os criadores, trazendo mais disciplina, exercício físico e estabilidade emocional.
Esses benefícios foram vivenciados por Sarah Jordão, que adotou o cão Tareco durante a pandemia da Covid-19. Tareco se tornou um companheiro fiel de Sarah e seu companheiro, Werik de Lima, trazendo uma rotina mais equilibrada e momentos de alegria mesmo nos dias mais difíceis.
Assim, a pesquisa reforça a importância do convívio com animais de estimação na promoção da saúde mental e no bem-estar geral das pessoas, destacando os benefícios dessa relação para a mente humana. É essencial, no entanto, lembrar que ter um animal de estimação é uma responsabilidade e não pode ser vista como uma solução para problemas de saúde mental. Consultas regulares a profissionais de saúde mental são fundamentais para um tratamento adequado.
