Hamas analisa contraproposta de Israel para trégua em Gaza após seis meses de guerra; operação terrestre de Israel é temida

O alto comando do grupo palestino Hamas anunciou neste sábado (27) que está examinando a contraproposta de Israel para estabelecer uma trégua na Faixa de Gaza e promover a libertação dos reféns que se encontram na região. Após mais de seis meses de guerra, as negociações entre os dois lados têm sido retomadas, com a mediação de delegações egípcias e cataris, visando alcançar um acordo que ponha fim ao conflito.

Khalil al-Hayya, número dois da ala política do Hamas em Gaza, afirmou: “Hoje, o Hamas recebeu a resposta oficial da ocupação sionista à nossa posição que havia sido enviada aos mediadores egípcios e cataris em 13 de abril passado. O movimento estudará esta proposta e enviará sua resposta assim que seu estudo estiver concluído”. Esta declaração foi feita em meio aos bombardeios que atingiram Rafah, cidade localizada no extremo sul da Faixa de Gaza, na fronteira com o Egito.

Em paralelo às negociações diplomáticas, os confrontos e trocas de tiros na fronteira entre Israel e Líbano têm aumentado, com o Exército israelense enfrentando o grupo Hezbollah, aliado do Hamas. O clima de tensão entre as partes eleva a preocupação da comunidade internacional, sobretudo diante da possibilidade de uma operação terrestre israelense em Rafah, considerada o último reduto do Hamas.

Até o momento, o conflito na Faixa de Gaza já resultou na morte de 34.388 pessoas, a maioria civis, de acordo com autoridades de saúde palestinas. No entanto, apesar da crise humanitária em curso, Israel afirma que mantém planos para invadir Rafah, como forma de neutralizar as ações do Hamas na região.

As negociações entre o Hamas e Israel, mediadas por países como o Egito, têm sido marcadas por divergências em relação às demandas de cada parte. Enquanto o Hamas exige um cessar-fogo permanente e a retirada das tropas israelenses de Gaza, Israel propõe uma pausa temporária nos combates. A esperança é que as negociações em curso possam conduzir a um acordo que restabeleça a paz na região.

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