Senador Eduardo Girão denuncia interferência do STF e encontros suspeitos com presidente em defesa do Estado Democrático de Direito.

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) fez duras críticas em seu pronunciamento realizado nesta segunda-feira (29) no Senado Federal. O parlamentar destacou a importância da instituição cumprir seu papel de defender a população e apontar os erros que estão ocorrendo, a fim de restabelecer o Estado Democrático de Direito no Brasil.

Girão ressaltou que a população tem assistido com crescente perplexidade as denúncias de abusos cometidos por alguns ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O senador ainda mencionou a participação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em um jantar com ministros do STF, realizado na casa do ministro Gilmar Mendes em abril.

Durante seu discurso, o senador questionou a independência entre os Poderes e levantou a questão sobre o papel do Senado diante dessas situações. Ele também criticou a suposta articulação dos ministros do STF com o presidente Lula para blindar o avanço de propostas no Congresso Nacional que visam atacar o Supremo.

Além disso, Girão lamentou a declaração do ministro Alexandre de Moraes, que manifestou preocupação com o avanço dos conservadores no Senado e com a próxima eleição para a presidência da Casa. O senador argumentou que não cabe aos membros do STF se envolverem com questões políticas do Legislativo.

O parlamentar ainda destacou a atual crise moral vivida pelo país, com uma inversão de valores que tem prejudicado os cidadãos de bem. Ele citou a perseguição e punição de indivíduos por crimes de opinião, enquanto processos de corrupção envolvendo parlamentares seguem sem julgamento no STF. Girão também mencionou o interesse manifestado pelo ex-presidente Lula em realizar novos encontros com ministros do STF, incluindo aqueles indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

Diante desse cenário, o senador alertou para a necessidade de ações concretas por parte do Senado para garantir a defesa dos valores democráticos e a independência dos poderes, a fim de restabelecer a confiança da população nas instituições do país.

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