Repórter Recife – PE – Brasil

Projeto aprovado obriga provedores de internet a remover conteúdos prejudiciais à saúde em até 48 horas, sob pena de responsabilização solidária

A Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação da Câmara dos Deputados aprovou, no dia 16/08/2024, um projeto que tem como objetivo obrigar os provedores de internet a removerem conteúdos considerados prejudiciais à saúde da população em até 48 horas após receberem notificação do órgão federal de saúde competente.

Essa medida visa combater a disseminação de informações falsas que possam causar danos à saúde pública, principalmente nas redes sociais e meios digitais. Caso os provedores não cumpram o prazo estabelecido para a remoção dos conteúdos, poderão ser responsabilizados solidariamente com o autor da publicação.

O texto aprovado é um substitutivo apresentado pelo deputado Eduardo Bismarck (PDT-CE) ao Projeto de Lei 1809/23, de autoria do deputado Dorinaldo Malafaia (PDT-AP). Anteriormente, a proposta previa que os provedores teriam 12 horas para remover conteúdos falsos ou enganosos relacionados à saúde.

Durante a pandemia da Covid-19, o relator Eduardo Bismarck ressaltou a importância de combater a desinformação nas redes sociais, que muitas vezes impactou negativamente as medidas preventivas e de vacinação. Ele destacou que a proposta visa mitigar a propagação de notícias falsas que colocam em risco a saúde da população.

Além disso, o projeto também inclui a promoção do letramento digital, buscando conscientizar a população sobre a importância de verificar informações antes de compartilhá-las. As iniciativas públicas de fomento à cultura digital serão incentivadas a estimular o letramento digital como forma de reduzir os impactos da desinformação.

A proposta seguirá para análise das comissões de Comunicação, e de Constituição e Justiça e de Cidadania, em caráter conclusivo. Para se tornar lei, o texto também precisará ser aprovado pelo Senado. A implementação dessas medidas representa um avanço na proteção da saúde pública e na promoção de uma cultura digital mais responsável.

Por Lara Haje, com edição de Natalia Doederlein.

Sair da versão mobile