No mês passado, o Conselho de Ética aprovou um parecer que recomendava a perda do mandato de Brazão. O deputado é acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes, em 2018, no Rio de Janeiro. No entanto, ele nega qualquer ligação com o crime.
A defesa de Chiquinho Brazão apresentou argumentos durante a reunião na CCJ, alegando que a relatora do caso no Conselho de Ética não foi imparcial e não respeitou o direito ao contraditório e à ampla defesa do deputado. Os advogados também destacaram a falta de isonomia no tratamento do caso, comparando com uma situação anterior de arquivamento de uma representação contra outro deputado.
O relator do recurso de Brazão na CCJ é o deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO), e seu parecer ainda não foi divulgado até o momento da reunião. A decisão final sobre a perda do mandato caberá ao Plenário, onde será necessária a maioria absoluta de 257 votos em uma votação aberta e nominal.
A reunião da CCJ estava marcada para as 14h30, no plenário 1, e o desfecho desse caso envolvendo Chiquinho Brazão continuará sendo acompanhado de perto pelos órgãos competentes e pela opinião pública. Este é mais um capítulo na história política do Brasil que coloca em evidência questões éticas e de representatividade parlamentar.