Elas foram vitoriosas, conquistaram mais do que apenas a Copa.

No último sábado (20), a seleção feminina espanhola de futebol conquistou sua primeira Copa do Mundo, com uma vitória por 1 a 0 sobre a Inglaterra. Essa conquista veio após uma trajetória acidentada, que incluiu uma goleada do Japão por 4 a 0 em julho e um desempenho fraco na Eurocopa. Além disso, houve uma cisão entre algumas jogadoras e o corpo técnico da seleção, que acabou sendo apelidada de “cisma” ou “drama” das 15 “rebeldes”.

Antes da final, a zagueira espanhola Irene Paredes fez declarações inspiradoras, afirmando que a maioria das jogadoras cresceu pensando que o futebol feminino não era o seu lugar, mas ao longo dos anos elas subiram de nível e chegaram à final da Copa do Mundo. Paredes destacou que essa conquista serve como um exemplo para as novas gerações de jogadoras, mostrando que é possível alcançar grandes feitos e que o futebol feminino também tem o seu lugar.

É importante ressaltar que essa conquista da seleção feminina espanhola veio após um episódio conturbado no ano anterior. Após os maus resultados da equipe na Eurocopa, 15 jogadoras enviaram e-mails à Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) renunciando à participação nos jogos de classificação do Mundial. Elas alegavam que a situação de conflito com o técnico Jorge Vilda estava afetando emocionalmente e fisicamente.

Essas jogadoras foram chamadas de “niñatas caprichosas” pela imprensa, que as acusou de pedir a demissão do técnico sem argumentos claros. No entanto, elas estavam demandando mais suporte técnico e humano para melhorar o desempenho da equipe. Elas queriam condições ideais de treinamento e apoio para desenvolver o seu potencial.

Após o comunicado da RFEF condenando a atitude das jogadoras, o grupo respondeu que não queria entrar em guerras públicas e desejava o melhor para a federação, a seleção e para elas mesmas. A situação só foi resolvida quando um terço das jogadoras voltou atrás e acabou participando da Copa do Mundo.

Essa conquista histórica da seleção feminina espanhola não pode ser subestimada, pois representa não apenas a vitória em um torneio, mas também o resultado de anos de luta e reivindicações nos bastidores. As jogadoras conseguiram implementar melhorias no suporte técnico e humano, assim como no plano de reconciliação familiar, que proporciona benefícios para as jogadoras mães.

Portanto, essa conquista é uma vitória não só para a seleção feminina espanhola, mas também para todo o futebol feminino. Ela mostra que é possível alcançar grandes feitos e que o esporte deve valorizar e apoiar as jogadoras em todos os aspectos.

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