Influenciadora com epidermólise bolhosa divide sua rotina diária vivendo com bolhas em seu corpo. [25 palavras]

Com apenas 30 anos de idade, a influencer baiana conhecida como Dai enfrenta diariamente os desafios de conviver com uma doença rara chamada Epidermólise Bolhosa (EB). Diagnosticada aos dois anos de idade, Dai utiliza suas redes sociais, como TikTok e Instagram, para promover a conscientização sobre essa condição e compartilhar sua jornada com seus dois milhões de seguidores no TikTok e 220 mil no Instagram.

A EB é uma doença de pele que causa o surgimento de bolhas por todo o corpo ao menor atrito. Dai, que mora em Jequié, cidade no sudoeste da Bahia, utiliza seu carisma e bom humor para transmitir mensagens de esperança, como a frase em sua apresentação no perfil: “Te mostro como deixar a vida mais leve”.

Além de compartilhar seu dia a dia e sua rotina, Dai também ensina aos seus seguidores a maneira correta de fazer os curativos que utiliza diariamente e reflete sobre as dificuldades que enfrenta. Com vídeos divertidos e receitas de lanches como “sanduíche de pimentão cru” e “banana assada pegou fogo na cozinha”, ela busca mostrar que ter uma deficiência na pele não a torna diferente de ninguém, apenas vive e aproveita as coisas em seu próprio limite, sem se importar com o julgamento alheio.

Recentemente, a EB ganhou destaque nas redes sociais através do caso do “Menino Gui”, do Rio de Janeiro, que viralizou ao reencontrar sua mãe após despertar de um coma induzido de 16 dias. Esse caso trouxe ainda mais visibilidade para a doença e a importância de disseminar informações sobre ela.

A EB é uma condição genética e hereditária, ou seja, passada de pais para filhos. Segundo o Ministério da Saúde, ela afeta tanto mulheres quanto homens em todas as faixas etárias. Existem 30 subtipos de EB, sendo os mais comuns a Epidermólise Bolhosa Simples, a Juncional, a Distrófica e a Kindler.

A Epidermólise Bolhosa não tem cura, porém, com um diagnóstico precoce e acompanhamento médico adequado, os pacientes podem levar uma vida normal e participar das atividades diárias com menos restrições. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece diferentes curativos especiais para o tratamento das feridas causadas pela doença, além de outros procedimentos e tratamentos.

No Brasil, estima-se que haja cerca de 802 pessoas diagnosticadas com a doença, de acordo com a Associação DEBRA. A visibilidade trazida por influenciadores como Dai é fundamental para disseminar informações sobre a EB e promover a conscientização e compreensão dessa condição rara.

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