CBF começa a reformular seleção feminina e demite Pia Sundhage, visando melhores resultados e renovação no futebol feminino.

A eliminação precoce da seleção brasileira feminina de futebol na Copa do Mundo foi o ponto de partida para uma reformulação nas equipes principal e de base. A primeira mudança significativa anunciada foi a saída da treinadora sueca Pia Sundhage, que comandou a equipe na competição realizada na Austrália e Nova Zelândia.

A demissão de Pia foi confirmada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em comunicado oficial. A entidade informou que nos próximos dias será apresentada a nova comissão técnica, que terá como objetivo preparar a equipe para a Olimpíada de Paris em 2024 e para a próxima Copa, em 2027.

O favorito a assumir o cargo é Arthur Elias, técnico do Corinthians. O clube se limitou a dizer que o treinador estará presente nos próximos compromissos da equipe. O Corinthians está envolvido nas semifinais da Série A1 do Campeonato Brasileiro, no Campeonato Paulista e buscará o título da Libertadores Feminina em outubro.

Pia Sundhage assumiu o comando da seleção brasileira em 2019 e pode-se considerar seu trabalho como altos e baixos. Em 57 partidas, foram 34 vitórias, 13 empates e dez derrotas. O único título conquistado foi a Copa América de 2020 na Colômbia.

A expectativa em torno de Pia era muito grande, já que a treinadora tinha conquistado duas medalhas de ouro olímpicas com os Estados Unidos. No entanto, nos Jogos de Tóquio, a equipe brasileira foi eliminada nas quartas de final pelo Canadá. Já na Copa do Mundo, o Brasil teve uma campanha decepcionante e acabou sendo eliminado na fase de grupos.

Uma das características do trabalho de Pia foi a aposta em jogadoras jovens, que teve como resultado a revelação de talentos como Bruninha, Lauren, Angelina, Duda Sampaio, Ary Borges, Ana Vitória, Kerolin, Nycole e Aline Gomes. Todas essas jogadoras estavam presentes na lista de convocadas para a Copa do Mundo.

Além da saída de Pia, a CBF também promoveu mudanças em outros setores do futebol feminino. Profissionais como Ana Lorena Marche, Mayara Bordin, Bia Vaz e Jonas Urias deixaram suas funções. A demissão de Jonas, técnico da seleção sub-20, chamou atenção, pois ele foi responsável pela conquista do terceiro lugar no último Mundial da categoria.

A reformulação nas seleções femininas do Brasil é uma tentativa de superar a decepção vivida na Copa do Mundo e construir uma equipe competitiva para os próximos desafios, como a Olimpíada de Paris e a próxima Copa do Mundo. Resta agora aguardar a definição da nova comissão técnica e acompanhar os próximos passos do futebol feminino brasileiro.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo