Daniel Rojas, diretor da Sociedade de Ativos Especiais, também recebeu ameaças, sendo mencionados assassinatos políticos cometidos por paramilitares colombianos no passado. O presidente Petro defendeu a abertura de processo e investigação do caso pelo Ministério Público e a entidade prontamente respondeu, localizando e intimando os supostos autores das ameaças.
Andrea Petro, de 32 anos, é a filha mais velha do presidente e reside na França. Em entrevista à Blu Radio francesa, ela afirmou que sofre com cyberbullying e ameaças desde a infância, sendo frequentemente insultada na rua, chamada de “guerrilheira”.
Gustavo Petro, ex-senador e ex-guerrilheiro, já expressou preocupação com sua segurança e a de sua família diversas vezes. Ele assumiu o poder com a prioridade de pacificar o país, porém, tem enfrentado dificuldades em alcançar a “paz total” que prometeu durante sua posse.
A Colômbia é um país marcado por um conflito de mais de seis décadas e o assassinato de líderes políticos ainda é uma realidade presente. Em janeiro, a vice-presidente Francia Márquez denunciou um plano de assassinato contra ela. Em 2019, antes de assumir o cargo, Márquez foi alvo de ataques com granadas e tiros de fuzil devido ao seu ativismo ambiental.
Apesar de avanços nas negociações entre o governo e o Exército de Libertação Nacional (ELN) para um cessar-fogo temporário, os confrontos continuam. Recentemente, enfrentamentos entre o ELN e o EMC, principal dissidência do acordo de paz com as Farc, resultaram em nove mortos e cinco feridos.
O caso das ameaças contra Andrea Petro e Daniel Rojas evidencia os desafios enfrentados pelo governo colombiano na busca pela paz e na proteção dos líderes políticos. É necessário investigar e responsabilizar os culpados para garantir a segurança e a tranquilidade da população.