De acordo com relatos de familiares, João Pedro estava brincando em casa com amigos quando, repentinamente, policiais entraram atirando. Infelizmente, o menino foi atingido por um disparo de fuzil na barriga e mesmo sendo socorrido de helicóptero, não resistiu ao ferimento. Os três policiais, que estão lotados na Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), foram denunciados pelo crime de homicídio qualificado e fraude processual.
Após os interrogatórios, a juíza encerrou a fase de instrução criminal e acolheu o pedido da defesa dos réus, estipulando um prazo de cinco dias para que o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro apresente os nomes e qualificação técnica dos peritos responsáveis pelo laudo pericial elaborado pelo Ministério Público Estadual. Além disso, a juíza também deferiu o pedido da defesa para a revogação das medidas cautelares impostas aos réus.
A partir de agora, o processo entrará na fase de apresentação de alegações finais pelas partes envolvidas, ou seja, pela promotoria de Justiça, assistente de acusação e defesa. Cada uma das partes terá um prazo de 10 dias para se manifestar, sendo respeitada a ordem mencionada. Após essa etapa, será responsabilidade da juíza decidir se os réus serão levados a júri popular.
O caso envolvendo a morte de João Pedro Mattos Pinto gerou grande repercussão e indignação na sociedade. A violência policial e a morte de jovens negros têm sido temas frequentes no país e têm levantado discussões sobre a necessidade de reformas nas políticas de segurança pública, visando a proteção da vida e a responsabilização dos responsáveis por abusos cometidos por agentes do Estado.
A família de João Pedro Mattos Pinto continua buscando justiça e espera que os responsáveis por sua morte sejam devidamente punidos. Enquanto isso, a sociedade acompanha atentamente o desenrolar do processo, esperando que ele seja conduzido de forma imparcial e que a verdade prevaleça. Afinal, casos como esse não podem ficar impunes e é fundamental que haja uma resposta adequada por parte do sistema de justiça.