Encontro histórico entre cubanos e americanos ocorre em Washington, marcando um momento de diálogo inesperado entre os países.

Na última semana, um diplomata cubano de alto escalão se encontrou com funcionários americanos em Washington, mas as negociações não tiveram avanços significativos em relação à demanda de Cuba de ser removida da lista de países que apoiam o terrorismo. De acordo com fontes diplomáticas dos dois países, o vice-chanceler cubano, Carlos Fernández de Cossío, se reuniu com Brian Nichols, do Departamento de Estado dos EUA, e Juan González, da Casa Branca.

Essas reuniões ocorreram pouco antes de Cuba sediar a cúpula do G77+China, um grupo composto por cerca de cem países da Ásia, África e América Latina, que tem como objetivo promover uma “ordem internacional menos injusta”. O encontro de representantes de alto nível entre os EUA e Cuba é incomum, mesmo quando os dois países mantêm diálogos regulares sobre questões migratórias e combate ao crime internacional.

Vale lembrar que o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, encerrou a política de abertura em relação a Cuba iniciada por seu antecessor, Barack Obama, e colocou novamente a ilha comunista na lista de países que apoiam o terrorismo. Esta lista também inclui o Irã, Coreia do Norte e Síria. Por sua vez, o presidente Joe Biden prometeu rever essa política quando assumiu a Casa Branca, mas seus posicionamentos se tornaram mais rígidos após as manifestações antigovernamentais em Cuba no ano passado.

Cuba considera a remoção da lista de países apoiadores do terrorismo uma prioridade e critica a falta de vontade política da administração Biden antes das eleições presidenciais americanas de 2024. No entanto, o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, afirmou que ainda não foi tomada nenhuma decisão sobre a remoção de Cuba da lista.

Vale ressaltar que desde 1962, os Estados Unidos impuseram um embargo comercial e financeiro a Cuba, que continua em vigor até os dias atuais.

Portanto, as negociações entre os EUA e Cuba sobre a remoção da lista de países que apoiam o terrorismo ainda não avançaram de forma significativa. O encontro entre o diplomata cubano e os funcionários americanos foi pouco comum, e a administração Biden ainda não tomou uma decisão sobre o assunto. Enquanto isso, Cuba continua pressionando pela remoção da lista e criticando a falta de vontade política dos EUA. O futuro das relações entre os dois países permanece incerto.

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