Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC). Comparando com o mesmo período do ano passado, as vendas no comércio varejista tiveram um aumento de 2,4%. No entanto, mesmo com esses resultados positivos, o setor ainda se encontra 2,2% abaixo do nível recorde alcançado em outubro de 2020.
Entre as oito atividades avaliadas pelo IBGE, quatro apresentaram crescimento nas vendas no mês de julho em relação a junho. Destaque para o segmento de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, que registrou uma alta de 11,7%. Esse ramo tem apresentado flutuações ao longo do ano, reflexo das mudanças na política de importação e variações do câmbio.
Outra atividade que teve uma alta significativa foi a de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que apresentou uma expansão de 8,4%. Segundo o IBGE, essa alta pode ser explicada pelas promoções antecipadas da Black Friday realizadas por algumas grandes lojas. Além disso, a pressão menor da inflação nos preços dos alimentos também contribuiu para o crescimento das vendas no setor de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que registrou um aumento de 0,3% em julho.
Por outro lado, algumas atividades registraram queda nas vendas. Os segmentos de tecidos, vestuário e calçados, livros, jornais, revistas e papelaria, móveis e eletrodomésticos e combustíveis e lubrificantes apresentaram retrações de 2,7%, 2,6%, 0,9% e 0,1% respectivamente.
No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, e material de construção, houve uma retração de 0,3% em julho, em relação a junho. Isso se deve principalmente à queda de 6,2% nas vendas de veículos e motos. Nos últimos 12 meses, o varejo ampliado acumula um crescimento de 2,3%.
Esses resultados indicam que o comércio varejista está se recuperando aos poucos, impulsionado pelas promoções e pela diminuição da inflação nos alimentos. No entanto, o setor ainda enfrenta desafios, como a alta do dólar e as mudanças nas políticas de importação, que podem impactar as vendas nos próximos meses.
