O episódio aconteceu após a Ministra Rosa Weber liberar para julgamento um processo que poderia descriminalizar o aborto no país. A gravação em que o bispo faz a recomendação começou a circular nas redes sociais e vem gerando muita discussão.
No vídeo, Dom Ruy pede aos padres que não ofereçam a comunhão aos apoiadores do aborto, alegando que eles seriam “cúmplices de assassinatos”. O bispo também faz referência à Virgem Maria e pede que ela proteja as crianças que poderão ser vítimas do aborto caso a prática seja legalizada no Brasil.
A recomendação do bispo divide opiniões. Alguns fiéis concordam com a posição dele e acreditam que a Igreja deve se posicionar contra o aborto em todas as circunstâncias. Já outros consideram a medida discriminatória e afirmam que a comunhão não deveria ser utilizada como instrumento de punição ou exclusão.
Diversas entidades e grupos que defendem os direitos reprodutivos das mulheres se manifestaram contra a declaração do bispo. Segundo eles, o direito ao aborto legal e seguro é um direito humano e a religião não deveria interferir nessa questão.
A liberação para julgamento do processo que poderia descriminalizar o aborto no país é aguardada com grande expectativa. Caso o Supremo Tribunal Federal aprove a legalização, isso poderia representar uma importante mudança na legislação brasileira e um avanço na garantia dos direitos reprodutivos das mulheres.
Enquanto a decisão final não é tomada, o debate sobre o aborto continua aquecido no Brasil, envolvendo diversos setores da sociedade. A recomendação do bispo da Diocese de Caruaru apenas acrescenta mais polêmica a esse assunto que já é tão controverso.