A família do músico falecido no Rio será indenizada em R$ 2 milhões, conforme decisão judicial.

A Advocacia-Geral da União (AGU) anunciou hoje que chegou a um acordo e concordou em pagar uma indenização no valor de R$ 2 milhões aos familiares do músico Evaldo Rosa dos Santos, que foi morto em 2019 durante uma operação do Exército no Rio de Janeiro. Segundo a AGU, o valor será destinado à esposa, ao pai e aos irmãos do músico, além de uma pensão mensal no valor de um salário mínimo que será paga para a mulher e o filho de Evaldo.

O acordo foi homologado pela Justiça Federal no Rio de Janeiro e faz parte de uma ação de indenização movida pelos familiares contra a União após a morte de Evaldo. Vale ressaltar que, neste ano, os militares envolvidos no caso foram condenados pela Justiça Militar.

De acordo com a acusação, os militares estavam à procura de autores de um roubo e dispararam contra o carro onde Evaldo estava, um Ford KA branco. O sogro do músico foi ferido durante a ação, enquanto a esposa, o filho e uma amiga que estavam no veículo não foram atingidos. Além disso, um catador de recicláveis chamado Luciano foi baleado ao tentar socorrer Evaldo e acabou falecendo 11 dias depois no hospital.

O caso gerou grande repercussão e levantou discussões sobre a atuação das forças de segurança durante operações como essa. A morte de Evaldo foi considerada um erro grave por parte dos militares envolvidos, o que resultou em suas condenações posteriormente.

A decisão de pagar a indenização aos familiares de Evaldo é um reconhecimento por parte da União de que houve negligência por parte dos militares durante a operação. Embora o valor da indenização esteja estipulado em R$ 2 milhões, espera-se que ele traga algum conforto financeiro para os familiares do músico e ajude a amenizar de alguma forma o sofrimento causado por essa tragédia.

É importante ressaltar que acordos desse tipo são uma forma de buscar uma solução pacífica e compensatória para as partes envolvidas, evitando que o caso se arraste por anos nos tribunais. No entanto, não podemos deixar de refletir sobre a necessidade de se repensar as estratégias e protocolos utilizados pelas forças de segurança durante ações desse tipo, a fim de evitar futuros incidentes semelhantes que resultem em perdas de vidas humanas inocentes.

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