Rio Grande do Sul enfrenta pior desastre climático da história: mais de 780 mil pessoas afetadas e 75 mortes registradas

As recentes chuvas intensas que atingem o Rio Grande do Sul desde a semana passada causaram danos significativos, afetando mais de 780,7 mil pessoas. O último boletim da Defesa Civil, divulgado no domingo (5), informou que 75 pessoas perderam a vida em decorrência das enchentes, com outros seis óbitos em investigação e 155 feridos. Além disso, 103 pessoas ainda estão desaparecidas, aumentando a preocupação das autoridades locais.

Este desastre climático no Rio Grande do Sul já superou a tragédia ocorrida em setembro de 2023, quando 54 pessoas faleceram devido à passagem de um ciclone extratropical. O governador do estado afirmou que essa é a pior catástrofe meteorológica da história gaúcha.

As chuvas também obrigaram quase 100 mil pessoas a deixarem suas residências, com mais de 100 mil desalojados e cerca de 16 mil desabrigados. Dos 497 municípios gaúchos, 334 foram afetados pelas inundações, o que representa mais de dois terços das cidades do estado.

A infraestrutura do estado também foi grandemente impactada, com mais de 420 mil pontos ainda sem energia elétrica e quase 1 milhão de residências sem abastecimento de água. O tráfego nas rodovias estaduais também foi prejudicado, com 113 trechos em 61 rodovias apresentando bloqueios totais e parciais.

Diante da gravidade da situação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado de autoridades federais e ministros, desembarcou na Base Aérea de Canoas para avaliar a situação de perto e prestar auxílio às vítimas. A mobilização de ajuda tem sido fundamental nesse momento, com a necessidade de doações de colchões, roupas de cama, banho, cobertores, água potável, ração animal e cestas básicas.

A solidariedade da população e a atuação conjunta das esferas governamentais serão essenciais para enfrentar os desafios decorrentes dessas chuvas torrenciais no Rio Grande do Sul.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo