Decisão da maioria do TSE mantém inelegibilidade de Bolsonaro.

A maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu negar o recurso apresentado pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro e manteve a decisão que o torna inelegível por oito anos. O julgamento ocorreu no plenário virtual do tribunal durante a madrugada desta sexta-feira.

Em junho deste ano, Bolsonaro foi condenado pelo TSE por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A condenação veio após uma reunião realizada pelo ex-presidente com embaixadores, no Palácio da Alvorada, onde ele fez críticas ao sistema eletrônico de votação. O encontro foi questionado pelo PDT, que alegou que houve uma tentativa de descredibilizar as eleições.

Até o momento, quatro dos sete ministros do TSE votaram contra o recurso da defesa. O relator do caso, Benedito Gonçalves, foi acompanhado por Alexandre de Moraes, André Ramos Tavares e Cármen Lúcia. Ainda faltam os votos de Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques e Nunes Marques.

No recurso, os advogados de Bolsonaro alegaram que houve cerceamento de defesa no julgamento, pois não foram analisados todos os argumentos e não foi permitida a apresentação de testemunhas. No entanto, a maioria dos ministros considerou que todas as etapas do processo foram cumpridas corretamente.

O julgamento do recurso está sendo realizado de forma virtual, ou seja, os ministros inserem seus votos no sistema eletrônico e não há deliberação presencial. A previsão é que a análise seja concluída até o dia 28 de agosto.

Caso a decisão seja confirmada, Bolsonaro estará inelegível por oito anos, o que impedirá sua participação nas eleições presidenciais de 2022. No entanto, a defesa ainda pode apresentar recursos em instâncias superiores para tentar reverter o julgamento. O resultado final do caso terá um impacto significativo na disputa eleitoral do próximo ano, uma vez que Bolsonaro é considerado um dos principais candidatos à presidência.

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