Alunos expulsos por atos obscenos na Unisa são reintegrados por decisão judicial

A Justiça Federal de São Paulo determinou nesta terça-feira (26) que os 15 alunos expulsos da Faculdade de Medicina da Universidade Santo Amaro (Unisa) sejam reintegrados. Esses alunos haviam sido expulsos da faculdade após vídeos viralizarem nas redes sociais em abril, mostrando-os pelados e tocando em seus órgãos genitais durante os jogos universitários. O caso está sendo mantido em segredo de Justiça.

O advogado da Unisa, Marco Aurélio de Carvalho, afirmou que a universidade cumprirá a determinação judicial tranquilamente. Ele também ressaltou que a decisão estabelece a instauração de uma comissão de sindicância para apurar o caso. De acordo com o advogado, a Unisa já tomou essa providência e todos os envolvidos terão o direito de se defender. Caso seja confirmada alguma injustiça, as penalizações serão revistas, mas se não for o caso, as penalizações serão mantidas.

As imagens que viralizaram mostram os estudantes de Medicina da Unisa correndo nus e tocando em suas partes íntimas durante um jogo de vôlei feminino entre a equipe da Unisa e a do Centro Universitário São Camilo. O evento ocorreu em abril deste ano, durante a Calomed, um evento universitário em São Carlos, no interior de São Paulo.

Em setembro, a Unisa anunciou a expulsão dos alunos identificados nos vídeos, mesmo o incidente ocorrendo fora das dependências da universidade. A instituição repudiou a conduta dos estudantes e levou o caso às autoridades. Já o Centro Universitário São Camilo decidiu não expulsar os alunos, mas aplicar medidas socioeducativas.

A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar a prática de atos obscenos e importunação sexual pelos alunos. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que o caso está sendo investigado pela Delegacia de Investigações Gerais de São Carlos, e os alunos envolvidos serão ouvidos em breve. Os vídeos também estão sendo periciados pelo Instituto de Criminalística e analisados pelo Setor de Inteligência da Polícia Civil.

Esse caso tem gerado grande repercussão e debates sobre os limites do comportamento adequado dentro das instituições de ensino. Enquanto a Unisa optou por expulsar os alunos envolvidos, o Centro Universitário São Camilo escolheu medidas socioeducativas e uma abordagem mais holística, reconhecendo a necessidade de uma mudança estrutural de comportamento. Resta acompanhar o desdobramento do processo judicial e as consequências dessas decisões para os estudantes e as duas instituições.

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