No entanto, o medicamento originalmente destinava-se ao idoso, que tinha autorização legal para induzir a própria morte e havia organizado uma festa de despedida, convidando amigos e familiares. Após dar o primeiro gole na substância, o idoso comentou sobre a sensação de queimação, o que fez com que o homem mais jovem, embriagado, também quisesse experimentar o líquido.
A situação se complicou quando a equipe médica encontrou o rapaz com a pele azulada, pupilas contraídas e reativas a estímulos, batimentos cardíacos acelerados e pressão arterial elevada. Ele foi reanimado e colocado em ventilação antes de ser levado para o hospital, onde precisou ficar internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O caso ocorreu em 2022, mas ganhou repercussão recentemente após ser apresentado em um evento médico e viralizar nas redes sociais.
De acordo com a paramédica Nikole Baxter, o medicamento utilizado, chamado de Maid, possui componentes em doses elevadas com o objetivo de garantir a morte. As substâncias presentes nesse coquetel para eutanásia incluem medicamentos que oferecem ansiólise, induzem ao coma e podem causar arritmias.
Após dois dias internado na UTI, o jovem recuperou a consciência e recebeu alta com orientações para buscar ajuda pelo uso indevido de álcool. Ele não possui nenhuma lembrança do incidente. No entanto, a equipe médica não tentou reanimar o idoso, pois ele havia expressado anteriormente o desejo de encerrar sua própria vida.
É importante destacar que esse caso suscita discussões sobre a legalização da eutanásia e os cuidados necessários no manuseio desse tipo de medicação. Quando utilizada de forma adequada e com acompanhamento médico, a eutanásia é um tema polêmico que levanta questões éticas e morais, além de exigir uma legislação clara para garantir a segurança e a dignidade dos pacientes em situação terminal.