No dia 7 de outubro, a comunidade de Kfar Aza foi invadida por homens armados do Hamas, vindos do território palestino. Segundo as autoridades israelenses, eles passaram de casa em casa, executando os moradores. Durante o ataque que durou horas, cerca de 100 dos 700 moradores do kibutz, incluindo crianças, foram mortos, de acordo com o exército israelense.
Amnon Tal percorre os cômodos de sua casa destruída, recuperando lembranças que encontra pelo caminho. Em um armário, ele encontra cartões comemorativos e um pouco de dinheiro vivo. No porta-malas de seu carro, ele leva o retrato de um vizinho para colocá-lo sobre seu caixão.
A casa de Amnon Tal não foi poupada do ataque. Uma pedra do jardim foi usada para quebrar o vidro da porta e invadir sua residência. A geladeira na cozinha mostra marcas de tiros, assim como o quarto do filho, onde o monitor do videogame também foi atingido. Cápsulas dos projetos dos fuzis usados pelos terroristas do Hamas cobrem o colchão do adolescente.
Durante o ataque, Amnon se refugiou com seu filho no bunker anti-foguetes da casa. Apesar do trauma, ele se considera “muito forte” e não quer ouvir falar de apoio psicológico. Sua família encontra-se abrigada em segurança com outros sobreviventes em outro kibutz no centro de Israel.
Enquanto olha para o território de Gaza, Amnon Tal afirma que não voltarão para Kfar Aza enquanto não houver um acordo com os palestinos. Do lado de fora, tanques israelenses e canhões continuam disparando contra os prédios de Gaza. Desde o início dos bombardeios, quase 3.500 pessoas foram mortas neste pequeno território palestino. Em Israel, mais de 1.400 pessoas morreram, a maioria civis executados no dia do ataque do Hamas.
A história de Amnon Tal é apenas um exemplo dos horrores enfrentados por moradores de Kfar Aza e de outras comunidades próximas à Faixa de Gaza. A violência brutal do Hamas deixou um rastro de destruição e morte, afetando profundamente a vida dos civis israelenses. A situação atual demonstra a necessidade urgente de um acordo de paz que ponha fim a esse conflito sangrento.
