Vendas no comércio brasileiro recuam 0,2% em agosto, indicando estabilidade em resultado próximo de zero, aponta pesquisa do IBGE.

As vendas no comércio brasileiro apresentaram uma leve queda de 0,2% em agosto, em comparação com o mês anterior. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC). Embora o resultado seja próximo de zero, é considerado estável.

De acordo com Cristiano Santos, gerente da pesquisa, dos oito meses analisados este ano, quatro foram de estabilidade e três registraram uma volatilidade baixa. Ele ressalta que agosto foi um mês de estabilidade após um aumento de apenas 0,7% em julho.

Em relação a agosto de 2022, houve um crescimento de 2,3% no volume de vendas. Já no acumulado de 12 meses, o resultado é uma alta de 1,7%.

No entanto, metade dos oito setores pesquisados apresentaram números negativos. Os setores de outros artigos de uso pessoal e doméstico (-4,8%), livros, jornais, revistas e papelaria (-3,2%), móveis e eletrodomésticos (-2,2%) e tecidos, vestuário e calçados (-0,4%) foram os mais afetados.

Cristiano Santos contextualiza a queda nas vendas ao mencionar as crises contábeis enfrentadas por grandes cadeias de lojas ao longo do ano, que resultaram na redução do número de estabelecimentos comerciais.

Por outro lado, os setores de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,9%), combustíveis e lubrificantes (0,9%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (0,2%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,1%) apresentaram resultados positivos.

O pesquisador do IBGE destaca que o setor de hipermercados e supermercados registrou a terceira alta consecutiva, o que pode ser atribuído à desaceleração da inflação no segmento alimentício. Com uma inflação mais baixa, o consumidor tem um poder de compra maior, o que impulsiona a compra de produtos.

No comércio varejista ampliado, que engloba veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, as vendas recuaram 1,3% em comparação com julho. No entanto, no acumulado de 12 meses, o setor apresenta um crescimento de 2,7%.

Esses dados refletem a situação atual do comércio brasileiro, que passa por altos e baixos em diferentes setores. A instabilidade econômica, as crises vividas pelas varejistas e a inflação são fatores que influenciam diretamente as vendas, refletindo nos resultados apresentados pela PMC.

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