Os ataques aéreos realizados em um bairro densamente povoado no norte de Gaza, que resultaram em dezenas de mortes de civis, aumentaram a preocupação de que a guerra possa se espalhar para a Cisjordânia ocupada. As imagens chocantes das vítimas também intensificaram a pressão internacional sobre Israel, com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, pressionando o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a ordenar “pausas humanitárias” para permitir a chegada de ajuda aos civis e a evacuação da Faixa de Gaza.
Apesar dos ganhos declarados pelas autoridades militares israelenses, a pressão global torna incerto se eles terão tempo suficiente para eliminar todas as forças do Hamas, um esforço que pode levar meses. Os comandantes militares reivindicam progressos constantes, mas fornecem poucos detalhes sobre a resposta militar aos ataques do Hamas em 7 de outubro, que resultaram em um grande número de mortes e torturas.
A operação terrestre tem como objetivo tomar o controle de Gaza e Israel alega ter matado centenas de militantes do Hamas. No entanto, os líderes políticos do Hamas mostraram uma postura desafiadora nos últimos dias, prometendo novos ataques e exigindo entregas de combustível como condição para libertar reféns.
Enquanto os confrontos continuam, a situação humanitária em Gaza piora. Os ataques aéreos têm causado um número crescente de mortes e feridos, com hospitais enfrentando escassez de suprimentos básicos. A pressão por um cessar-fogo aumenta em todo o mundo, com Blinken repetindo o apelo de Biden por pausas na operação terrestre durante seu encontro com Netanyahu.
Embora as tropas israelenses tenham atravessado a Faixa de Gaza e cercado a cidade de Gaza, muitos túneis ainda estão em funcionamento. A interrupção dos serviços de comunicação dificulta a coordenação do Hamas e impede a transmissão de imagens dos ataques para o mundo.
Além disso, a crise humanitária em Gaza está gerando tensões na Cisjordânia, onde ataques violentos de colonos judeus contra palestinos e de militantes do Hamas contra judeus já ocorriam. Oficiais militares e de inteligência israelenses estão preocupados com a possibilidade de que a guerra se espalhe para a Cisjordânia, exigindo uma resposta adicional das forças militares já sobrecarregadas.
A suspensão das transferências de receitas fiscais e aduaneiras para a Autoridade Nacional Palestina por parte de Israel aumentou as tensões na região e desacreditou o presidente Mahmoud Abbas. A falta de cooperação no contraterrorismo pode levar a uma terceira intifada na Cisjordânia.
Enquanto as operações militares continuam em Gaza e a pressão por um cessar-fogo aumenta, a situação humanitária e as tensões regionais se agravam. É necessário um esforço conjunto da comunidade internacional para buscar uma solução pacífica para o conflito entre Israel e Hamas.
