Agência Nacional de Vigilância Sanitária emite comunicado sobre identificação de lotes falsificados dos medicamentos Ozempic e Tysabri.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um comunicado nesta sexta-feira informando sobre a identificação de lotes falsificados dos medicamentos Ozempic e Tysabri. O Ozempic, fabricado pela Novo Nordisk, tem sido cada vez mais utilizado off label, ou seja, para finalidades diferentes das indicadas na bula, como a perda de peso. No entanto, seu uso correto é para o tratamento de diabetes tipo 2. Já o Tysabri é indicado para pacientes com Esclerose Múltipla recorrente-remitente (EM).

A Anvisa recebeu uma notificação da Novo Nordisk sobre a identificação de unidades irregulares do Ozempic pertencentes ao lote LP6F832, com validade até 11/2025. O laboratório confirmou que esse lote não existe, portanto, todas as unidades pertencentes a ele são falsificadas. Diante disso, a Anvisa publicou uma resolução determinando a apreensão e a proibição da comercialização, distribuição e uso do medicamento falsificado.

A Agência também ressalta a importância de adquirir medicamentos em estabelecimentos regulamentados, sempre observando se a embalagem está completa, com a caixa original, e se há nota fiscal. Em caso de suspeita de falsificação, a Anvisa orienta que o produto não seja utilizado e que a empresa responsável seja contatada para verificar a autenticidade. Além disso, recomenda-se comunicar imediatamente à Anvisa por meio das plataformas de atendimento disponíveis no seu site.

A diretora de educação e campanhas da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Dhiãnah Santini, alerta que há relatos de falsificação do Ozempic no Brasil e no exterior. Ela ressalta que a compra em fontes não habituais, especialmente pela internet, é desaconselhada. É importante adquirir medicamentos apenas em farmácias, onde há garantia e cuidado no armazenamento. Santini ainda destaca a importância de verificar toda a embalagem e os rótulos, já que muitos sites oferecem preços muito baixos para medicamentos falsificados.

Em relação ao Tysabri, a Anvisa também recebeu uma notificação da Biogen informando sobre a circulação de produtos falsificados pertencentes ao lote FF00336, com validade até 01/2026. A farmacêutica explicou que esse lote foi produzido apenas para fins institucionais e não comerciais, e apresenta características diferentes do medicamento original. Por isso, a Anvisa determinou a apreensão e a proibição da comercialização, distribuição e uso do Tysabri falsificado, que pode ser identificado por alterações na embalagem, como diferença na cor da faixa laranja e azul e ausência da inscrição em braille.

É fundamental que os consumidores estejam atentos à compra de medicamentos falsificados, buscando sempre estabelecimentos regulamentados e verificando minuciosamente a embalagem e as características do produto. A Anvisa continuará atuando para garantir a segurança e a qualidade dos medicamentos disponíveis no mercado brasileiro.

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