Entre as vítimas fatais, estão três supostos criminosos, quatro membros das forças de segurança e duas pessoas que estavam em uma ambulância, aparentemente civis, de acordo com o relatório provisório divulgado pelo procurador Yamoussa Conte.
No sábado de manhã, homens armados atacaram a prisão central de Conacri e levaram Moussa Dadis Camara e outros três detentos. Esses quatro indivíduos estão sendo julgados atualmente por um massacre ocorrido em 2009, durante o governo de Dadis Camara.
No mesmo dia, três réus, incluindo o capitão Dadis Camara, foram recapturados. No entanto, ainda não está claro se eles fugiram ou foram retirados da prisão contra a vontade, como alegam seus advogados. Claude Pivi, outro dos principais acusados nesse caso, ainda está foragido.
Os tiros disparados durante a operação inicialmente levantaram preocupações de um possível golpe de Estado, mas o Estado-Maior do Exército rapidamente declarou sua lealdade ao governo atual e pediu calma à população.
Moussa Dadis Camara é acusado de assassinato, tortura, estupro e sequestro durante a repressão a uma manifestação da oposição nos subúrbios de Conacri em setembro de 2009.
A situação ainda está sendo investigada e mais informações devem surgir nos próximos dias. Até o momento, não está claro quais seriam as motivações dos homens armados para retirar o ex-ditador da prisão e quais seriam as consequências desse acontecimento para a estabilidade política do país.
A Guiné é uma nação que já enfrentou episódios frequentes de instabilidade política ao longo de sua história, e esse incidente apenas reforça o clima de incerteza que paira sobre o país.