Presença militar da Aeronáutica no Aeroporto Internacional não é notada no primeiro dia de atuação pela GLO

Na segunda-feira, dia 6 de novembro, teve início a atuação das forças armadas pela Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão, localizado na Zona Norte do Rio de Janeiro. No entanto, a presença dos militares da Aeronáutica não é percebida por quem chega ou parte do aeroporto.

Durante a manhã, a equipe do jornal O Globo percorreu as áreas de embarque e desembarque do aeroporto e não encontrou militares fardados ou viaturas posicionadas. Funcionários do aeroporto também afirmaram não terem visto a presença das forças armadas. A única presença militar notada foi a de viaturas da Polícia Federal estacionadas na entrada do Terminal 2, assim como batedores do Exército que informaram estar no aeroporto para escoltar autoridades internacionais para um congresso, sem relação com a GLO.

O Porto do Rio, por outro lado, já começou a receber equipes da Marinha, com cerca de 823 agentes responsáveis pela segurança dos acessos do porto e pelo patrulhamento interno, além de vistorias de navios e embarcações na Baía de Guanabara. Nesta segunda-feira, três embarcações blindadas patrulhavam a baía e dois veículos blindados vistoriavam o pátio próximo ao Museu do Amanhã, na Praça Mauá.

O Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão e o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, estão sob o guarda-chuva do decreto de GLO, que visa fortalecer o combate ao tráfico de drogas e armas. Além disso, os militares também terão poder de polícia nos portos do Rio de Janeiro e de Itaguaí, e nas baías de Guanabara e Sepetiba. O Porto de Santos e o Lago de Itaipu, na fronteira com o Paraguai, também estão abarcados pelo decreto.

Uma portaria assinada pelo ministro da Defesa, José Múcio, determinou à Aeronáutica que designe um Comando Operacional Singular para “emprego dos meios necessários” nas ações na área de responsabilidade do Galeão e de Guarulhos.

A concessionária RioGaleão informou que não possui informações sobre essa ação do governo federal, enquanto a Aeronáutica não enviou um posicionamento até o fechamento desta reportagem.

É importante ressaltar que as ações das forças armadas nos aeroportos e portos fazem parte da estratégia do governo federal para combater o tráfico de drogas e armas, buscando aumentar a segurança nessas áreas sensíveis. No entanto, a falta de visibilidade dessas ações no Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão levanta questionamentos sobre a efetividade das medidas adotadas.

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