Fiocruz disponibiliza tratamento da hepatite C com alto percentual de cura ao Sistema Único de Saúde por meio de parceria.

O tratamento da hepatite C no Sistema Único de Saúde (SUS) ganhará uma a nova opção com alto percentual de cura a partir de novas entregas realizadas pelo Instituto de Tecnologia em Fármacos da Fundação Oswaldo Cruz (Farmanguinhos/Fiocruz). A Fiocruz divulgou nesta quarta-feira (8) que o laboratório público entregou 800,8 mil unidades farmacêuticas dos medicamentos sofosbuvir e daclatasvir ao Ministério da Saúde.

Essa é a primeira vez que Farmanguinhos disponibiliza esses medicamentos ao SUS, o que se deu por meio de uma parceria de transferência de tecnologia com a farmacêutica Blanver S.A. Segundo a Fiocruz, a combinação sofosbuvir e daclatasvir produzida por seu instituto representará uma economia de cerca de R$ 40 milhões ao ano ao Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento da hepatite C.

Farmanguinhos já produz o medicamento ribavirina para o tratamento de hepatites virais e agora será o primeiro laboratório público no país a produzir medicamentos associados ao sofosbuvir, que é efetivo contra diferentes tipos de vírus causadores da hepatite. Além disso, o instituto estabeleceu recentemente um acordo para fornecer o ravidasvir, que também trata a hepatite C, em parceria com a DNDi e a farmacêutica egípcia Pharco Pharmaceuticals.

Medicamentos como o sofosbuvir e daclatasvir são as recomendações preferenciais da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o tratamento da hepatite C. Entre 2000 e 2021, o Brasil confirmou 718.651 casos de hepatites virais, segundo o Ministério da Saúde. O Boletim Epidemiológico das Hepatites Virais detalha que 168.175 (23,4%) foram de hepatite A, 264.640 (36,8%) de hepatite B, 279.872 (38,9%) de hepatite C e 4.259 (0,6%) de hepatite D.

Esses avanços no tratamento da hepatite C representam um grande impacto para a saúde pública no Brasil, oferecendo novas opções terapêuticas associadas a um preço mais acessível. A parceria entre Farmanguinhos, Fiocruz e outras instituições tem o potencial de revolucionar o tratamento e reduzir os custos para o Sistema Único de Saúde, proporcionando mais qualidade de vida para os pacientes. Essa notícia é um avanço importante e merece destaque como um exemplo de como a ciência e a tecnologia podem impactar positivamente a saúde da população.

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