Dezenas de milhares em marcha por Israel e contra o antissemitismo em Washington, um país profundamente dividido.

Dezenas de milhares de pessoas se aglomeraram nesta terça-feira (14) em Washington em apoio a Israel e para condenar o antissemitismo. O protesto ocorreu após semanas de manifestações majoritariamente pró-palestinas nos Estados Unidos, país que se encontra profundamente dividido. O cenário da manifestação foi a esplanada do National Mall, próxima ao Capitólio, onde vários congressistas participaram do protesto.

No evento, algumas pessoas vestiam azul e branco, as cores da bandeira de Israel, e seguravam cartazes pedindo a libertação dos reféns em posse do movimento islâmico palestino Hamas. Um dos manifestantes presente, Sergei Kravchick, expressou seu apoio a Israel e declarou sentir-se “orgulhoso” da grande quantidade de pessoas que participaram do protesto, apesar da controvérsia sobre a intensidade da resposta militar israelense ao ataque do Hamas ao território israelense em 7 de outubro.

A manifestação, intitulada ‘Marcha por Israel’, foi promovida para denunciar o antissemitismo e exigir a libertação dos reféns. Os organizadores, incluindo a Federação Judaica de Washington, destacaram que 240 reféns estão sob controle do Hamas. Além disso, o protesto também enfatizou a dor de mais de 1.200 pessoas mortas em solo israelense, a maioria civis, durante um ataque realizado pelo Hamas.

A intervenção virtual do presidente israelense, Isaac Herzog, pediu que a multidão se manifestasse “pelo direito de todo judeu de viver com orgulho e em segurança em Israel, nos Estados Unidos e no mundo”. Líderes do Senado e da Câmara dos Representantes dos EUA também discursaram no protesto, inclusive parentes de árbitros presentes. Durante a manifestação, cartazes com a frase “Aniquilem o Hamas” foram vistos entre os participantes.

Antes da manifestação em Washington, diversos protestos por todo o país foram organizados pedindo um cessar-fogo e criticando o Exército israelense. Uma manifestação realizada em Washington há menos de duas semanas denunciou o apoio incondicional do presidente Joe Biden às políticas militares israelenses.

Por fim, o pastor cristão Mark Moore, presente na manifestação, considera Israel “o único bastião da liberdade” no Oriente Médio. Ele expressou seu desejo de paz, mas afirmou esperar que ela chegue “através da vitória para que este ciclo interminável de violência não continue”. A presença marcante das manifestações ligadas ao conflito entre Israel e Palestina reflete a intensidade e a polarização das opiniões sobre o tema nos Estados Unidos.

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