Autoridades de Gaza recebem 17 mil litros iniciais de combustível em meio a pressão dos EUA sobre Israel.

Autoridades de fronteira na Faixa de Gaza confirmaram a entrada de 17 mil litros de combustível no território palestino, no mesmo dia em que o Gabinete de guerra israelense autorizou o envio diário para Gaza de 70 mil litros de combustível. A decisão foi creditada à pressão do governo dos Estados Unidos sobre o premier Benjamin Netanyahu.

O combustível destinado à manutenção dos sistemas de telecomunicações dentro de Gaza foi enviado devido ao apagão de comunicações enfrentado pelo território. Desde a noite de quinta-feira, Gaza sofria com o apagão, que foi o quarto em pouco mais de um mês de guerra. A Paltel, empresa responsável por serviços como a rede de telefonia celular, afirmou que sem um suprimento externo de energia, não seria capaz de manter os equipamentos funcionando.

O governo de Israel estava relutante em permitir a passagem dos caminhões-tanque para Gaza, alegando que o combustível seria desviado para o Hamas e usado em ataques contra posições e cidades israelenses. Após pressão dos Estados Unidos, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, cobrou que o combustível chegasse em Gaza, alegando a iminência de uma “catástrofe humanitária”, e Israel deu sinal verde para a entrega.

Pelo acerto, será permitida a entrada de dois caminhões-tanque por dia em Gaza, um volume entre 60 e 70 mil litros de combustível. A maior parte será destinada a usinas de dessalinização de água, tratamento de esgoto e para veículos que distribuem água, alimentos e medicamentos pelo território. O restante será destinado à manutenção da rede de telecomunicações da Paltel, também responsável pela rede de internet em Gaza.

No entanto, apesar da notícia positiva, a agência da ONU que opera dentro de Gaza destacou em relatório recente que são necessários 160 mil litros diários de combustíveis para atender a todas as necessidades básicas da população local. No começo da semana, Thomas White, diretor da agência, havia alertado que as operações humanitárias poderiam cessar caso o fornecimento de combustível não fosse retomado.

Dessa forma, a decisão de permitir o envio de combustível para Gaza teve um impacto significativo, garantindo a manutenção dos serviços essenciais e auxiliando na melhoria das condições de vida da população local. A pressão dos Estados Unidos sobre Israel foi essencial para a tomada dessa medida, que se mostrou fundamental para evitar maiores desastres humanitários em Gaza.

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