Bolsonaro prepara comitiva para posse do presidente argentino Javier Milei em Buenos Aires no dia 10 de dezembro.

Na próxima quinta-feira, 10 de dezembro, está prevista a posse do presidente eleito da Argentina, Javier Milei, e o ex-presidente Jair Bolsonaro está preparando uma comitiva para o evento em Buenos Aires. Além de Bolsonaro, a comitiva contará com a presença da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e dois de seus filhos: o senador Flávio Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro. Outro nome que está confirmado para integrar a comitiva é o ex-secretário de Comunicação do governo federal, Fábio Wajngarten.

O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar da Costa Neto, também afirmou que estará ao lado de Bolsonaro na posse de Milei. De acordo com caciques do PL, há um grande número de parlamentares bolsonaristas que manifestaram interesse em comparecer ao evento e solicitaram credenciamento.

Bolsonaro aposta em uma possível ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na posse de Milei para estreitar os laços com a direita argentina e engajar o discurso de que “este campo político voltou a se organizar na América do Sul”. Antes do segundo turno, uma fonte do governo brasileiro disse que, caso Milei fosse eleito, não estava garantido que o presidente Lula iria à posse.

O convite para que Bolsonaro esteja na posse partiu do próprio Milei. Ele conversou em uma chamada de vídeo com Bolsonaro após a vitória nas eleições e confirmou o convite. Bolsonaro repercutiu a ligação em suas redes sociais, relatando que a vitória de Milei é importante não apenas para a Argentina, mas para o mundo inteiro. Durante a conversa, Bolsonaro afirmou a Milei que o presidente eleito representa uma grande importância para todos que são amantes da democracia e da liberdade.

Lula, por sua vez, tem como uma de suas prioridades retomar a agenda de cooperação regional. O governo de Alberto Fernández, amigo do petista, foi um sócio central desde que Lula retornou ao Planalto. Fernández apoia a reaproximação com a Venezuela de Nicolás Maduro e eleições democráticas e transparentes no país em 2024, enquanto Milei considera a Venezuela uma ditadura.

Em meio a esse cenário político, a presença de Bolsonaro na posse de Milei, juntamente com a comitiva que o acompanhará, reflete a busca por estreitar os laços com a direita argentina e promover a supremacia dessa ideologia na América do Sul.

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