A operação de retirada foi resultado direto de um ataque do exército israelense, que alegava que o hospital abrigava uma base do Hamas, fato que foi negado pelo movimento islâmico palestino. Depois do ataque, o hospital foi classificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma “zona de morte”. Em função disso, o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, anunciou que 31 bebês prematuros que estavam no hospital seriam transferidos para o Egito para receberem cuidados médicos adequados. Curiosamente, apenas 29 deles chegaram ao país vizinho e viajaram sem os pais ou parentes.
A instituição responsável por coordenar a retirada das crianças foi a Sociedade do Crescente Vermelho Palestino (PCRS), que afirmou que suas equipes realizaram a retirada dos bebês em coordenação com agências da ONU, incluindo a OMS.
O hospital Al-Shifa, que foi foco de operações israelenses, se tornou um pesadelo para os profissionais, que o descreveram como uma “zona da morte”, onde a situação é “desesperadora”, informou a organização em um comunicado. Além disso, a equipe encontrou um hospital que não pode mais funcionar: sem água, sem alimentos, sem eletricidade, sem combustível, com provisões médicas esgotadas.
Os bebês que foram evacuados, juntamente com três médicos e duas enfermeiras, devem receber cuidados médicos em um hospital no Egito. A princípio, não houve informação sobre o retorno das crianças aos pais. Medidas de combate a ataques terroristas continuam sendo realizadas na região de Gaza, por parte de Israel, mas o impacto dessas medidas na população torna-se preocupante, visto que a ação militar já matou mais de 12.300 pessoas, a maioria civis.