Segundo a ministra, a proibição das atividades do Hamas facilitará a expulsão de pessoas consideradas perigosas e acelerará os processos criminais contra possíveis terroristas. As principais organizações judaicas suíças e o partido de direita radical UDC já haviam pedido a adoção dessa medida. A União Europeia, os Estados Unidos e Israel também classificam o Hamas como uma organização terrorista.
Os ministérios envolvidos no processo devem apresentar um projeto de lei federal até o final de fevereiro de 2024, e espera-se que o procedimento para a promulgação da lei dure cerca de um ano. Além disso, os serviços financeiros suíços terão a obrigação de identificar e denunciar possíveis atividades ligadas ao Hamas em solo suíço, de acordo com a ministra.
O ataque do Hamas em outubro resultou em cerca de 1.200 mortes em Israel, a maioria civis, de acordo com as autoridades israelenses. Enquanto isso, na Faixa de Gaza, mais de 14 mil pessoas morreram em bombardeios israelenses de retaliação, incluindo mais de 5.800 crianças, segundo o governo do Hamas.
Com a lei em preparação, a Suíça espera contribuir para o combate ao terrorismo e reforçar a segurança nacional e internacional. A medida é mais um passo no esforço global para conter as atividades de grupos terroristas e evitar potenciais atos de violência em todo o mundo.
O governo suíço ressaltou que a proposta de lei é uma resposta direta ao ataque do Hamas e não afeta diretamente a população palestina ou a comunidade muçulmana em geral. O objetivo é centrar as ações na prevenção de atos terroristas e na proteção da segurança tanto na Suíça quanto em escala internacional. A iniciativa suíça reflete o compromisso contínuo das nações em combater ameaças à paz e à estabilidade global.
