Epidemia de dengue causa 445 mortes no Peru desde janeiro, o pior registro em quatro décadas, aponta Ministério da Saúde.

O Peru está enfrentando uma epidemia de dengue que já causou 445 mortes desde o início do ano, o pior registro em quatro décadas desde o ressurgimento da doença. O Ministério da Saúde do país informou que os casos de dengue aumentaram para 270.978 no país, com quase dois terços das mortes concentradas em duas regiões do litoral norte peruano: Piura e Lambayeque.

Essas áreas foram duramente atingidas por chuvas intensas, inundações e o ciclone Yaku, além de serem afetadas por fenômenos climáticos El Niño. O relatório destaca que o maior número de mortes foi registrado nos meses de maio e junho. Como resultado, o governo decretou uma “emergência sanitária” em 20 dos 25 departamentos do Peru.

Em comparação com o ano anterior, o surto de dengue em 2023 supera em muito os casos de 2022, que tiveram cerca de 64.000 casos e 86 mortes. O surto deste ano também provocou o colapso de hospitais nas regiões do norte. As chuvas destruíram sistemas de água potável e esgoto, resultando em surtos de dengue, leptospirose e doenças diarreicas, afetando principalmente áreas empobrecidas e vulneráveis.

A dengue é uma doença endêmica em regiões tropicais, transmitida por mosquitos, e pode provocar febre alta, dor de cabeça, náusea, vômito, dor muscular e, nos casos mais graves, hemorragias que podem resultar em morte.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca que uma combinação de fatores, incluindo mudanças climáticas e as consequências do El Niño, contribuiu para a eclosão de graves epidemias de dengue em diversas partes do mundo, como Bangladesh, América do Sul e países da África Subsaariana.

É importante salientar que a dengue é um vírus presente em países quentes, principalmente em áreas urbanas e semiurbanas, causando entre 100 e 400 milhões de infecções a cada ano, de acordo com a OMS.

Além do Peru, Bangladesh também enfrenta um grande surto de dengue, com 1.006 mortes e cerca de 200.000 casos confirmados desde o início do ano. A doença tem impacto significativo em populações inteiras, exigindo a ação urgente de autoridades de saúde em todo o mundo para conter esses surtos.

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