Essas áreas foram duramente atingidas por chuvas intensas, inundações e o ciclone Yaku, além de serem afetadas por fenômenos climáticos El Niño. O relatório destaca que o maior número de mortes foi registrado nos meses de maio e junho. Como resultado, o governo decretou uma “emergência sanitária” em 20 dos 25 departamentos do Peru.
Em comparação com o ano anterior, o surto de dengue em 2023 supera em muito os casos de 2022, que tiveram cerca de 64.000 casos e 86 mortes. O surto deste ano também provocou o colapso de hospitais nas regiões do norte. As chuvas destruíram sistemas de água potável e esgoto, resultando em surtos de dengue, leptospirose e doenças diarreicas, afetando principalmente áreas empobrecidas e vulneráveis.
A dengue é uma doença endêmica em regiões tropicais, transmitida por mosquitos, e pode provocar febre alta, dor de cabeça, náusea, vômito, dor muscular e, nos casos mais graves, hemorragias que podem resultar em morte.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca que uma combinação de fatores, incluindo mudanças climáticas e as consequências do El Niño, contribuiu para a eclosão de graves epidemias de dengue em diversas partes do mundo, como Bangladesh, América do Sul e países da África Subsaariana.
É importante salientar que a dengue é um vírus presente em países quentes, principalmente em áreas urbanas e semiurbanas, causando entre 100 e 400 milhões de infecções a cada ano, de acordo com a OMS.
Além do Peru, Bangladesh também enfrenta um grande surto de dengue, com 1.006 mortes e cerca de 200.000 casos confirmados desde o início do ano. A doença tem impacto significativo em populações inteiras, exigindo a ação urgente de autoridades de saúde em todo o mundo para conter esses surtos.