Javier Milei, o presidente eleito da Argentina, chega a Washington para construir vínculos fundamentais para a economia de seu país.

O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, inicia nesta segunda-feira uma viagem aos Estados Unidos que pode ser decisiva para o futuro de seu governo e da economia argentina. A visita ao país norte-americano tem dois objetivos principais: dissolver as dúvidas e inquietações que Washington tem em relação a sua figura e construir vínculos importantes para sua gestão.

Milei desembarca em Washington com a missão de deixar uma boa primeira impressão na burocracia governamental norte-americana. Sua agenda de compromissos inclui reuniões com representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI), da Casa Branca e do Departamento de Estado. Ele chega com um discurso econômico que visa uma mudança radical no rumo da economia argentina, mas sem a pretensão, ao menos por enquanto, de obter novos fundos.

Além disso, Milei fará uma visita a Nova York, onde esteve no túmulo do rabino judeu Menachem Mendel Schneerson, conhecido como o Rebe de Lubavitch. Essa parada teve uma conotação pessoal, mas também serviu para mostrar um gesto de gratidão. O presidente eleito argentino já havia visitado a tumba do rabino em julho passado, sinalizando uma predisposição para estudar a Torá, livro sagrado do judaísmo, apesar de ser católico.

A viagem de Milei aos EUA abre um canal direto de contato com a Casa Branca, o Tesouro e o FMI, atores críticos para seu programa econômico. Ele terá a oportunidade de definir suas posições em questões regionais e globais, além de buscar afinidades em um cenário de notórias diferenças ideológicas com a administração Joe Biden.

No campo econômico, o presidente eleito argentino discutirá o perfil de seu programa econômico, que prevê um forte ajuste fiscal e uma reorganização das variáveis monetárias para começar a estabilizar a economia do país. Milei deverá expor suas propostas e alinhar sua visão com a filosofia do FMI, buscando obter o apoio necessário para implementar as mudanças planejadas.

Sabendo da importância da viagem, Milei buscou contato com a diretora do FMI, Kristalina Georgieva, em uma conversa virtual realizada na última sexta-feira. A abertura das conversas com a instituição internacional e com o governo norte-americano sinaliza a intenção de obter o suporte necessário para viabilizar sua gestão.

A viagem de Milei aos EUA é um passo crucial para estabelecer as bases de sua presidência e para posicionar a Argentina em um contexto global. Sua missão será desfazer dúvidas e inquietações em Washington, além de mostrar que está disposto a buscar apoio e construir relações decisivas para o futuro do país.

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