Chefe de Gabinete do Ministério da Agricultura do Paraguai é Destituído após Assinar Convênio com País Inexistente.

Um escândalo tomou conta do Ministério da Agricultura e Pecuária do Paraguai, após a destituição de um engenheiro agrônomo que ocupava o cargo de chefe de gabinete. O motivo? A assinatura de um convênio com representantes dos “Estados Unidos de Kailasa”, um país que, como foi revelado posteriormente, não existe.

Arnaldo Chamorro, o funcionário destituído, admitiu que foi enganado e afirmou que os supostos representantes do país fictício se apresentaram com a intenção de ajudar o Paraguai, trazendo diversos projetos e oferecendo apoio. A reunião ocorreu em meados de outubro, quando duas pessoas se apresentaram como emissários dos “Estados Unidos de Kailasa”, descrevendo o país como localizado em uma ilha no norte da América do Sul.

A situação fica ainda mais peculiar quando se descobre que esse país fictício seria liderado por um guru da Índia, identificado como Nithyananda Paramashivam, um fugitivo da justiça de seu país, de acordo com a imprensa. O representante destituído ainda revelou que os ‘emissários’ também foram recebidos pelo ministro da Agricultura e Pecuária do Paraguai, Carlos Giménez.

Para completar o mal-estar, Arnaldo Chamorro emitiu um documento, com o selo oficial do ministério, felicitando Nithyananda Paramashivam e seu país fictício, comprometendo-se a estabelecer relações diplomáticas entre o Paraguai e Kailasa, além de promover o reconhecimento do país inexistente na ONU como um Estado independente.

O incidente lembra uma situação semelhante que ocorreu em 2019, quando o ex-presidente Mário Abdo Benítez recebeu um falso representante da montadora de carros de luxo Lamborghini no Palácio do Governo. A situação certamente levanta questões sobre a segurança e legitimidade das representações diplomáticas, além do rigor na conferência de credenciais e propostas de cooperação internacional.

Portanto, a saída de Arnaldo Chamorro do Ministério da Agricultura e Pecuária do Paraguai não foi apenas um caso isolado, mas uma situação que acaba por colocar em xeque a credibilidade e a seriedade das negociações e acordos diplomáticos no âmbito internacional. É fundamental que os órgãos responsáveis aprimorem seus procedimentos de verificação de representantes e propostas de cooperação para evitar situações embaraçosas como essa no futuro.

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