Mourão demonstrou ceticismo em relação à eficácia de uma possível governança global para as questões climáticas, comparando-a à Liga das Nações, que foi infrutífera, e à Organização das Nações Unidas, que, para ele, tem falhado na prevenção de conflitos e atentados. Ele expressou preocupação quanto à dificuldade de estabelecer acordos no tema da transição energética, enfatizando a importância da participação de países como os Estados Unidos e a China.
Além disso, o senador destacou a preocupação com a situação na fronteira entre Venezuela e Guiana, afirmando que o Brasil poderia atuar como uma “potência regional” para intermediar possíveis acordos e evitar um conflito iminente. Ele ressaltou que o referendo promovido por Nicolás Maduro poderia ter sérias consequências, uma vez que a população venezuelana foi consultada sobre a anexação de um território pertencente à Guiana, mas reivindicado pela Venezuela desde 1841.
Mourão enfatizou a responsabilidade do governo brasileiro em trabalhar para evitar um conflito na fronteira e impedir um aumento no êxodo de refugiados para dentro do território brasileiro, especialmente para o estado de Roraima. Ele ressaltou a necessidade de integrar o estado ao restante da nação e de estabelecer uma linha de transmissão de energia do Centro-Sul do país para Roraima, que até hoje depende de usinas termoelétricas a óleo para sua energia.
O pronunciamento de Mourão gerou debates e discussões sobre a atuação do Brasil em questões internacionais, bem como sobre a eficácia de propostas globais para lidar com desafios climáticos e geopolíticos. A fala do senador refletiu as preocupações e os desafios que o país enfrenta em relação a questões ambientais e fronteiriças. A discussão em torno desses temas promete continuar no cenário político nacional e internacional.