Senador mostra preocupação com impacto da fala do presidente brasileiro na COP 28 e alerta sobre possíveis conflitos na fronteira da Venezuela.

O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) expressou suas preocupações em relação ao impacto das declarações do presidente brasileiro na 28ª Conferência das Partes (COP 28), que está ocorrendo até 12 de dezembro em Dubai, nos Emirados Árabes. Durante seu discurso no plenário nesta segunda-feira (4), Mourão criticou a proposta do ex-presidente Lula sobre a criação de uma governança global para questões climáticas.

Mourão demonstrou ceticismo em relação à eficácia de uma possível governança global para as questões climáticas, comparando-a à Liga das Nações, que foi infrutífera, e à Organização das Nações Unidas, que, para ele, tem falhado na prevenção de conflitos e atentados. Ele expressou preocupação quanto à dificuldade de estabelecer acordos no tema da transição energética, enfatizando a importância da participação de países como os Estados Unidos e a China.

Além disso, o senador destacou a preocupação com a situação na fronteira entre Venezuela e Guiana, afirmando que o Brasil poderia atuar como uma “potência regional” para intermediar possíveis acordos e evitar um conflito iminente. Ele ressaltou que o referendo promovido por Nicolás Maduro poderia ter sérias consequências, uma vez que a população venezuelana foi consultada sobre a anexação de um território pertencente à Guiana, mas reivindicado pela Venezuela desde 1841.

Mourão enfatizou a responsabilidade do governo brasileiro em trabalhar para evitar um conflito na fronteira e impedir um aumento no êxodo de refugiados para dentro do território brasileiro, especialmente para o estado de Roraima. Ele ressaltou a necessidade de integrar o estado ao restante da nação e de estabelecer uma linha de transmissão de energia do Centro-Sul do país para Roraima, que até hoje depende de usinas termoelétricas a óleo para sua energia.

O pronunciamento de Mourão gerou debates e discussões sobre a atuação do Brasil em questões internacionais, bem como sobre a eficácia de propostas globais para lidar com desafios climáticos e geopolíticos. A fala do senador refletiu as preocupações e os desafios que o país enfrenta em relação a questões ambientais e fronteiriças. A discussão em torno desses temas promete continuar no cenário político nacional e internacional.

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