Rússia rejeita proposta dos Estados Unidos para libertar americanos detidos, incluindo correspondente do The Wall Street Journal

“Rússia rejeita nova proposta dos Estados Unidos para a libertação de dois cidadãos americanos detidos”

Nesta terça-feira (5), o governo dos Estados Unidos anunciou que a Rússia negou uma nova proposta visando a libertação de dois cidadãos americanos detidos em solo russo. Trata-se do correspondente do jornal The Wall Street Journal, Evan Gershkovich, e o ex-fuzileiro naval Paul Whelan.

O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, relatou que os EUA fizeram várias propostas nos últimos tempos, inclusive uma considerável. No entanto, todas elas foram rejeitadas pelo governo russo. Miller reforçou ainda que o secretário de Estado americano, Antony Blinken, e o presidente, Joe Biden, continuarão empenhados em encontrar uma maneira de conseguir a libertação da dupla, que o Departamento de Estado considera como “injustamente detida”.

“Em primeiro lugar, eles nunca deveriam ter sido presos. Eles deveriam ser escolhidos para serem libertados imediatamente”, enfatizou Miller. Ele ressaltou que a libertação dos dois cidadãos é uma das prioridades tanto para o secretário de Estado quanto para o presidente dos Estados Unidos.

Miller, no entanto, não entrou em detalhes sobre a proposta rejeitada pela Rússia, como o conteúdo da mesma ou as condições para a libertação dos americanos. Apesar do recente atrito entre as nações, os Estados Unidos organizaram duas trocas de prisioneiros, incluindo uma que libertou a estrela de basquete Brittney Griner, detida por suposto tráfico de maconha.

Evan Gershkovich, de 32 anos, foi detido durante uma viagem jornalística em março para Ecaterimburgo, tornando-se o primeiro jornalista ocidental preso por acusações de espionagem na Rússia desde a era soviética. Tanto o jornalista quanto The Wall Street Journal e o governo americano negam que ele tenha se envolvido em espionagem.

Já Paul Whelan, preso em Moscou em 2018, trabalhava em segurança para uma empresa americana de peças automotivas e sempre alegou ser inocente, afirmando que as provas contra ele eram falsificadas. Sua família até denunciou que ele foi agredido na prisão por um colega, talvez devido à sua nacionalidade.

Entretanto, apesar de todos os esforços diplomáticos, os dois americanos permanecem detidos na Rússia, o que aumenta a tensão entre as duas potências globais.

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