Segundo Barbosa, a comissão de verificação poderá certificar novamente o país, que havia recebido o certificado de eliminação do sarampo em 2016 da Organização Mundial da Saúde (OMS), mas acabou perdendo em 2019 devido a um surto da doença. As Américas receberam o primeiro certificado regional de eliminação da doença, porém, surtos tanto no Brasil quanto na Venezuela, que também perdeu o documento em 2019, fizeram com que a certificação regional fosse suspensa em 2018.
Uma comissão da Opas verificou recentemente que a Venezuela interrompeu a transmissão da doença, faltando apenas o Brasil para que o continente possa novamente ser considerada região livre do sarampo. Além disso, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, revelou que desde 2016 o Brasil enfrenta o fenômeno da hesitação vacinal, com campanhas de desinformação que prejudicam a busca pela imunização e desembocam na queda da cobertura vacinal. No entanto, ela afirmou que dados preliminares do Ministério da Saúde, que devem ser divulgados nos próximos dias, mostram que a cobertura vacinal no país voltou a aumentar este ano.
De acordo com Jarbas Barbosa, é fundamental que os governos dos diversos países monitorem e desmintam boatos que circulam contra as vacinas nas redes sociais. Ele defende que é preciso adotar outras medidas para ampliar o alcance da vacinação, como sensibilizar os profissionais de saúde, monitorar as coberturas vacinais e ampliar a oferta em áreas de difícil acesso.
Além disso, o diretor da Opas destaca a necessidade de identificar bairro por bairro a cobertura vacinal e adotar estratégias específicas para superar as barreiras em cada local. Em suma, a recuperação do certificado de eliminação do sarampo é vista como um progresso importante, mas ainda há trabalho a ser feito para garantir a vacinação de toda a população brasileira.
