Verão 2023/24: Brasil enfrenta temperaturas elevadas e impactos na safra devido ao fenômeno El Niño.

O Brasil entrou oficialmente no verão a 0h27 desta sexta-feira (22), marcando o início da estação no Hemisfério Sul. Após um ano de temperaturas acima da média, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em conjunto com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), prevê um verão com temperaturas elevadas e chuvas irregulares em várias regiões do país.

O relatório climático produzido pelas instituições aponta que o fenômeno El Niño, que causa alterações na temperatura da água no Oceano Pacífico, terá impacto direto no clima do Brasil, intensificando as mudanças climáticas esperadas para o verão. A previsão é de que os efeitos do El Niño se prolonguem ao longo de toda a estação, que encerra no dia 20 de março de 2024.

A Região Norte do país pode registrar temperaturas até 1ºC acima da média histórica entre janeiro e março. Além disso, estados como Acre, Roraima, Amapá e parte do Amazonas devem enfrentar volumes próximos ou acima da média de chuvas, enquanto outras regiões continuarão sofrendo com a seca. No Nordeste, especialmente nos estados do Maranhão, Piauí e norte da Bahia, espera-se um verão com temperaturas acima da média, com previsão de chuvas próximas ou abaixo da climatologia em algumas áreas.

Já no Centro-Oeste, a tendência é de calor intenso em todos os estados, com chuvas próximas ou acima da média, com exceção de áreas no oeste de Mato Grosso. Na Região Sudeste, temperaturas acima da média são esperadas, assim como um aumento do volume de chuvas, principalmente em Minas Gerais. No Sul, o calor deve ficar próximo ou ligeiramente acima da média no Paraná, Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul, com previsão de chuvas mais intensas no último estado.

Os impactos do El Niño na safra de verão 2023/24 também são destacados no relatório do Inmet, com preocupações com os níveis de água no solo e a evapotranspiração devido às altas temperaturas. A previsão é de que a chuva continue irregular em algumas regiões, afetando o plantio e desenvolvimento das culturas de primeira safra.

No Brasil Central, a chuva retornou na segunda quinzena de dezembro, favorecendo o plantio e desenvolvimento das culturas, enquanto na Região Sul, os volumes de chuva previstos devem manter elevados os níveis de água no solo, mas com menor probabilidade de excedente hídrico em algumas áreas. Em regiões do Sul com atraso na chuva, espera-se retomar a semeadura das culturas de primeira safra.

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