Devido ao fenômeno El Niño, que alterna a distribuição da temperatura da água no Oceano Pacífico, as alterações no clima durante este verão devem ser ainda mais intensas. A expectativa é de que os efeitos do El Niño se prolonguem por toda a estação, que termina em 20 de março de 2024.
O relatório climático aponta que a Região Norte do país pode registrar calor com valores de 1ºC acima da média histórica entre os meses de janeiro e março, com previsão de chuvas próximas ou acima da média em alguns estados. Já a Região Nordeste, tem expectativa de temperatura acima da média em estados como Maranhão, Piauí e norte da Bahia, com previsão de chuvas próximas ou abaixo da climatologia no centro-norte da região.
No Centro-Oeste, a tendência é de calor forte em todos os estados, com valores acima de 1ºC da média histórica. Já na Região Sudeste, as temperaturas devem ficar elevadas em todos os estados, com previsão de valores acima de 0,5ºC da média, e maior volume de chuva em Minas Gerais.
No Sul, é esperado calor próximo ou ligeiramente acima do normal em certas áreas, com chuvas mais intensas no Rio Grande do Sul. Nas demais áreas da região, haverá chuvas irregulares, com totais próximos ou pouco abaixo da média.
Além disso, o relatório aponta os possíveis impactos do El Niño na safra de verão 2023/24 em estados como Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, que enfrentaram baixos níveis de chuva em outubro e novembro, prejudicando as fases iniciais dos cultivos de verão.
Apesar disso, a previsão é que os níveis continuem baixos nos próximos meses, com déficit hídrico e aumento da evapotranspiração devido às altas temperaturas. Em outras regiões, como o Brasil Central, houve elevação dos níveis de água no solo em algumas áreas devido ao retorno da chuva nessa segunda quinzena de dezembro, o que favorece a retomada do plantio e desenvolvimento dos cultivos de primeira safra.
Com relação à Região Sul, os volumes de chuva previstos devem manter elevados os níveis de água no solo, mas há a expectativa de retomada da semeadura das culturas de primeira safra em regiões que estão com atraso. A previsão é que os próximos meses sejam de muita atenção aos impactos do clima na economia e na produção agrícola do país.
