Empresa dona do Pornhub admite lucrar com vídeos de mulheres coagidas a práticas sexuais e vai pagar multa milionária.

A empresa Aylo, proprietária do site adulto Pornhub, concordou em pagar uma multa de US$ 1,8 milhão (cerca de R$ 8,7 milhões) e compensar as vítimas de tráfico sexual em um acordo firmado com promotores federais dos Estados Unidos. A companhia admitiu lucrar com vídeos de mulheres que foram coagidas a praticar atos sexuais por uma produtora, levando a acusações de tráfico sexual.

De acordo com os promotores, a Aylo ignorou, durante anos, as condições dos vídeos compartilhados na plataforma Pornhub. A produtora de entretenimento adulto contratada pelo Pornhub, chamada Girls do Porn (GDP), foi acusada de crimes de tráfico sexual por enganar e coagir mulheres a aparecerem em vídeos de sexo publicados online sem o seu consentimento em 2019.

Entre 2017 e 2019, a Aylo admitiu que recebeu dinheiro da produtora, apesar de saber das circunstâncias envolvendo a coação das mulheres. Além disso, a empresa passou a receber pedidos de remoção de mulheres que apareciam nos vídeos, alegando que haviam sido enganadas. No entanto, a Aylo nunca verificou as acusações e continuou hospedando vídeos da produtora.

O investigador do FBI, James Smith, apontou que a Aylo enriqueceu conscientemente ao ignorar as preocupações das vítimas. Com o acordo, as vítimas serão indenizadas pela empresa. Além disso, o acordo estabelece que os sites hospedados pela Aylo, incluindo o Pornhub, sejam monitorados por três anos para garantir que os termos de consentimento sejam cumpridos.

Mesmo após a remoção dos vídeos considerados irregulares, seu conteúdo foi republicado por outros usuários e permaneceu disponível. O novo diretor de compliance da Aylo, Solomon Friedman, afirmou à CNN que a empresa não reconhece responsabilidade criminal, mas se compromete a garantir que a situação não se repita. Vale destacar que a Aylo controla diversos outros sites de conteúdos adultos.

Diante deste caso, o FBI e promotores federais dos Estados Unidos esperam que o processo de hoje traga um sentimento de justiça às vítimas e sirva como um alerta para qualquer entidade que se envolva em exploração sexual. Este acordo representa um marco importante na responsabilização das empresas por práticas de tráfico sexual e exploração. As vítimas, que foram enganadas e coagidas, agora terão a oportunidade de ser compensadas.

Portanto, a resolução desse caso estabelece um precedente significativo no combate à exploração e tráfico sexual, já que a empresa Aylo foi responsabilizada por possibilitar e lucrar com a exploração de mulheres em sua plataforma. A multa imposta e as medidas de monitoramento estabelecidas marcam um grande avanço no combate a esse tipo de abuso e exploração.

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