Conflito entre Israel e Hamas deixa véspera de Natal em Gaza marcada por guerra sem fim e mortes.

Israel continuou com os ataques a Gaza nesta segunda-feira (25). O movimento islamista Hamas relatou várias mortes como resultado dos bombardeios, enquanto muitos cristãos palestinos enfrentavam um Natal conturbado pela guerra.

Belém, local tradicional do nascimento de Jesus segundo a tradição cristã, viu a suspensão de quase todas as festividades de Natal pela prefeitura. As ruas que costumam ser repletas de pessoas na época natalina estavam vazias por conta da violência na região.

O próprio Hamas, que governa em Gaza, anunciou que um bombardeio israelense resultou em pelo menos 18 mortes na região de Khan Yunis, localizada ao sul do território. Um cristão palestino, Fadi Sayegh, relatou que passou o Natal em um hospital na mesma região para fazer diálise e que não conseguiu celebrar a data devido à guerra.

Por sua vez, Nabila Salah, religiosa da Igreja Católica de Gaza, também expressou sua tristeza diante da situação. A guerra já havia causado mortes de refugiados em um templo católico na Cidade de Gaza, o que demonstrou a tragédia vivida na região.

A AFP apontou que o conflito já resultou em quase 1.140 mortes, a maioria civis, e um grande número de pessoas sequestradas pelo Hamas. O governo de Israel também prometeu “aniquilar” o Hamas e alardeou a iniciativa de uma ofensiva terrestre e aérea que resultou em um grande número de vítimas da população civil.

O Papa Francisco utilizou sua missa na véspera de Natal para criticar a situação de guerra. A Basílica de São Pedro, no Vaticano, foi palco de suas palavras.

De acordo com o Ministério da Saúde do Hamas, um bombardeio israelense atingiu o campo de refugiados de Al Maghazi, deixando um saldo de 70 mortes na região. O Exército de Israel se limitou a “investigar” o “incidente” e não se pronunciou de forma definitiva sobre o ocorrido.

A guerra causou destruição em várias partes de Gaza, afetando 2,4 milhões de habitantes. A situação de escassez de recursos básicos colocou a população à beira de uma crise humanitária sem precedentes.

O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados reforçou a necessidade de um cessar-fogo na região e a busca por soluções humanitárias. Enquanto isso, o diretor da OMS lamentou a destruição do sistema de saúde em Gaza. O otimismo sobre um fim rápido para o conflito e a esperança no retorno da paz ainda parecem distantes, diante do cenário de violência e tensão entre as duas partes em conflito.

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