Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia e UFSC criam parceria inédita para estudar troca de próteses no quadril e joelho.

O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) estabeleceram uma colaboração inédita no Brasil para investigar as principais razões que levam à troca de próteses implantadas no quadril e no joelho. Inspirada em exemplos internacionais, essa parceria busca analisar a necessidade de revisão das artroplastias, uma cirurgia que substitui articulações desgastadas por próteses.

Artroplastias são realizadas para implantar próteses metálicas e plásticas que substituem as articulações desgastadas no quadril e no joelho. O Into é uma referência neste tipo de procedimento, que busca devolver qualidade de vida aos pacientes, permitindo que eles realizem suas atividades cotidianas sem dor. Recentemente, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, passou por essa cirurgia.

No entanto, em certos casos, é necessária uma artroplastia de revisão, que consiste na retirada da prótese antiga e sua substituição por uma nova. Essa cirurgia é realizada quando a prótese se desloca, se desgasta, mostra-se instável ou se solta. Além disso, é indicada em casos de infecção.

Para analisar os principais motivos da troca de próteses no Brasil, o Into e a UFSC estabeleceram o Centro Nacional de Explantes (CNAEx). Nesta primeira fase, mais de 400 próteses retiradas em cirurgias de revisão realizadas no Into foram avaliadas. Os resultados indicam que uma das principais razões para a substituição é a soltura dos implantes.

As próteses retiradas são submetidas a análises com microscópio, estereoscópio e fotografia. Além disso, a equipe realiza ensaios destrutivos para investigar a condição interna das estruturas e os fatores que levaram à necessidade da artroplastia de revisão. Segundo nota divulgada pelo INTO, essas análises detalhadas podem contribuir para estabelecer novos padrões em cuidados ortopédicos e para aumentar a segurança dos pacientes.

Além dos dados técnicos e científicos, o estudo também levantará informações clínicas e demográficas que ajudarão a compreender o perfil dos pacientes que passam por revisões de artroplastias no Brasil. A expectativa é de que esses achados subsidiem medidas para aumentar a sobrevida dos implantes, aprimorar a regulação sanitária e melhorar a seleção de próteses para diferentes casos.

Essa iniciativa, financiada pelo Ministério da Saúde, coloca o Brasil na vanguarda da medicina ortopédica e colabora para impulsionar inovações na indústria de implantes. Estudos semelhantes são realizados em centros médicos renomados nos Estados Unidos e na Europa, o que ressalta a importância e o impacto positivo desse tipo de investigação. A parceria entre o Into e a UFSC marca um avanço significativo na pesquisa ortopédica no Brasil e sinaliza um futuro promissor para os cuidados com próteses e implantes no país.

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