Miliciano Zinho, inimigo número um do RJ, é preso em véspera de Natal pela Polícia Federal após anos de atos criminosos

O miliciano mais procurado do Rio de Janeiro, Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, foi preso na véspera de Natal e acusado pelo governo do estado de ser seu inimigo número um. Ele foi detido pela Polícia Federal e estava foragido desde 2018, com 12 mandados de prisão em aberto. Zinho assumiu o comando da maior milícia do estado após a morte de seu irmão, Wellington da Silva Braga, o Ecko, e é responsável por numerosos crimes no estado do Rio de Janeiro.

Apesar de não ter passagem pelas forças policiais, Zinho assumiu a liderança do grupo paramilitar e ficava encarregado da contabilidade e da lavagem do dinheiro oriundo das atividades ilegais. Ele já foi capturado pela polícia em duas ocasiões, mas em ambas acabou sendo solto. Uma série especial sobre as milícias do Rio de Janeiro mostrou como a impunidade e a corrupção policial são entraves para o combate aos grupos paramilitares do estado.

O miliciano teve diversas passagens pela prisão, mas sempre acabava sendo liberado, inclusive após um suposto pagamento de R$ 20 mil a policiais civis responsáveis por sua prisão. Desde a morte de seu irmão, assumiu a chefia da milícia, sendo acusado de inúmeros crimes, como uso de carros clonados para localizar e executar rivais, além de determinar o pagamento de propina a policiais para ser informado de operações.

Além disso, Zinho e outras cinco pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro após a investigação da Delegacia de Homicídios da Capital. O grupo do miliciano é acusado de uma série de ataques a ônibus pela Zona Oeste do Rio, que resultaram em um caos na capital fluminense.

A investigação da PF e do Ministério Público também identificou ao menos 15 encontros realizados pessoalmente em 2021 entre a deputada estadual Lucinha e integrantes da milícia Zinho, o que levou a imposição de medidas cautelares contra a parlamentar. A relação entre a deputada e o miliciano foi descoberta a partir da quebra do sigilo do miliciano Domício Barbosa de Souza.

Diante de todos os crimes e atos de violência promovidos pelo grupo de Zinho, o governo do Rio de Janeiro determinou que as forças de segurança não descansariam até que o miliciano fosse preso, destacando-o como o inimigo número um do estado.

Em suma, o histórico de crimes e a liderança de Zinho em uma das maiores milícias do Rio de Janeiro refletem a violência e instabilidade causadas por esses grupos paramilitares na região. Sua prisão, embora tardia, representa uma vitória para as autoridades policiais e uma esperança de combate mais efetivo contra essas organizações criminosas.

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