Polícia interdita clínica clandestina de estética em shopping de luxo na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

Uma clínica de estética localizada em um shopping de alto padrão da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, foi interditada nesta quarta-feira (27) após operação da Delegacia do Consumidor (Decon), da Polícia Civil.

Os agentes descobriram que no local funcionava uma sala de cirurgia clandestina onde eram realizados procedimentos como lipoaspiração, mamoplastia e implantes de silicone em um ambiente improvisado, sem a estrutura necessária para casos de possíveis emergências. A polícia afirmou que o local não tinha equipamentos como desfibrilador, maquinários específicos de UTI ou contratos com ambulâncias e hospitais de retaguarda, e foram encontrados materiais fora da validade e de uso exclusivo para hospitais.

Além disso, a clínica não possuía licença sanitária para os procedimentos estéticos invasivos que realizava. Segundo informações da polícia, os donos do estabelecimento, que não estavam presentes no local, possuem outras clínicas de estética no Rio e já são investigados por fraude no reembolso de operadoras de planos de saúde.

Os responsáveis responderão por crimes contra as relações de consumo. Uma gerente da clínica foi levada à Decon para prestar depoimento.

A interdição da clínica chama a atenção para as condições precárias em que alguns estabelecimentos de estética realizam procedimentos invasivos. A falta de estrutura e licença sanitária configura um descumprimento das normas de saúde e segurança para os pacientes. A situação é preocupante, pois coloca em risco a vida e a saúde de pessoas que buscam por procedimentos estéticos.

Além disso, as investigações sobre fraude no reembolso de operadoras de planos de saúde também levantam questões éticas e legais sobre a conduta dos responsáveis pela clínica. A Decon deve seguir com as investigações para garantir a punição adequada para os envolvidos nos crimes apurados.

Essa interdição serve como alerta para a população sobre a importância de verificar as condições e a reputação das clínicas de estética antes de realizar procedimentos, a fim de garantir a sua segurança e saúde. A fiscalização rigorosa por parte dos órgãos competentes é fundamental para coibir práticas irregulares e proteger os consumidores.

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