EUA, Alemanha, França e Reino Unido condenam produção de urânio enriquecido pelo Irã, destaca relatório da AIEA.

Os Estados Unidos, Alemanha, França e Reino Unido emitiram uma declaração conjunta nesta quinta-feira (28) condenando veementemente a atualização da produção de urânio enriquecido pelo Irã. Esse posicionamento dos países veio em resposta a um relatório recente divulgado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o qual indicava que o Irã aumentou sua produção de urânio altamente enriquecido nas últimas semanas.

De acordo com a ONU, houve um aumento significativo na produção de urânio altamente enriquecido pelo Irã, resultando em um nível de enriquecimento a 60% que triplicou em sua produção mensal. Em face disso, Estados Unidos, Alemanha, França e Reino Unido manifestaram sua indignação, afirmando que essa medida “agrava ainda mais a escalada contínua do programa nuclear iraniano” e que a produção deste tipo de urânio pelo Irã não tem justificativa civil crível.

Esses países também criticaram a atitude do Irã, argumentando que a produção do urânio enriquecido evidencia a falta de vontade da parte do Irã em buscar uma desescala de boa-fé e denota um comportamento irresponsável em um contexto de tensão regional. Por outro lado, o Irã se manifestou argumentando que não houve “nada de novo” na produção de urânio, afirmando que estavam produzindo a mesma taxa de enriquecimento a 60% e que não desenvolveram novas capacidades.

Apesar dos argumentos apresentados pela Irã, a comunidade internacional continua preocupada com o aumento da produção de urânio enriquecido, considerando que isso pode agravar ainda mais as tensões na região. O Irã já havia descumprido o acordo nuclear de 2015 ao aumentar seu estoque de combustível nuclear e a produção de urânio enriquecido, o que levou os Estados Unidos a se retirarem unilateralmente do acordo em 2018.

Dessa forma, fica evidente que as tensões relacionadas ao programa nuclear iraniano continuam sendo uma fonte de preocupação para a comunidade internacional, principalmente diante do aumento da produção de urânio enriquecido pelo Irã. Espera-se que essas questões sejam endereçadas de maneira diplomática, visando a promoção da paz e estabilidade na região.

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