A Espanha tem sido uma das principais portas de entrada para os migrantes na Europa, juntamente com a Itália e a Grécia. No entanto, o aumento das chegadas à Espanha em 2023 foi especialmente impulsionado por um recorde de chegadas no arquipélago canário, que enfrentou uma crise migratória sem precedentes. Um total de 39.910 imigrantes desembarcaram nas ilhas do Oceano Atlântico, representando um aumento de 154,5% em relação a 2022.
De acordo com a agência europeia Frontex, a maioria dos imigrantes que chegam às Canárias vêm de países como Marrocos, Senegal, Gâmbia e Guiné. A situação é agravada pela instabilidade nos países africanos do Sahel, que tem alimentado o fluxo migratório para as ilhas espanholas.
Apesar da extrema periculosidade da viagem, os imigrantes continuam arriscando suas vidas em busca de melhores oportunidades. A rota migratória até o arquipélago canário é particularmente perigosa, com relatos de mais de 7.800 mortes entre 2018 e 2022.
O ministro espanhol do Interior, Fernando Grande-Marlaska, destacou a importância de abordar as causas subjacentes da migração irregular e de buscar soluções para a crise migratória. Ele ressaltou que a crescente instabilidade nos países do Sahel tem contribuído significativamente para o aumento das chegadas de imigrantes às Canárias.
Diante desse cenário preocupante, é fundamental que as autoridades espanholas e europeias adotem medidas eficazes para lidar com a crise migratória e garantir a segurança e dignidade dos imigrantes que chegam ao país em busca de proteção e oportunidades.
