Empresas de Donald Trump receberam 7,8 milhões de dólares de governos estrangeiros, incluindo China, revela relatório do Congresso dos EUA

Durante os anos em que foi presidente dos Estados Unidos, Donald Trump recebeu pagamentos de governos estrangeiros no valor de 7,8 milhões de dólares (equivalente a 38 milhões de reais). Esses pagamentos foram feitos por pelo menos 20 países, incluindo China, Arábia Saudita, Turquia e República Democrática do Congo, para empresas pertencentes a Trump.

O relatório divulgado pela Câmara dos Representantes apontou que a China gastou 5,5 milhões de dólares nas propriedades de Trump, enquanto a Arábia Saudita desembolsou pelo menos 615.422 dólares. Segundo os autores do relatório, a receita de governos estrangeiros violou uma concessão constitucional sobre pagamentos do exterior.

De acordo com o documento, Trump teria aceitado os pagamentos de Estados estrangeiros e de seus líderes, o que configuraria uma violação da Constituição. O relatório aponta que o ex-presidente teria aceitado os pagamentos injustificados da China sem a autorização do Congresso.

O montante total recebido por Trump pode ser ainda maior, pois os dados disponíveis são baseados apenas nas declarações da Mazars, empresa de contabilidade de Trump, e em documentos apresentados ao regulador financeiro americano.

Além disso, o relatório também destaca que a Arábia Saudita fez pagamentos proibidos a empresas de Trump, violando assim a Constituição. No entanto, em 2022, o hotel de Trump em Washington foi vendido a um grupo investidor privado.

Essas revelações trazem à tona questões éticas e legais sobre a conduta do ex-presidente durante seu mandato. A aceitação de pagamentos de governos estrangeiros por empresas de Trump levanta dúvidas sobre possíveis conflitos de interesse e questiona a transparência e a integridade do seu governo.

Além disso, evidencia a possibilidade de que Trump tenha se beneficiado financeiramente de relações com governos estrangeiros, o que agravaria a suspeita de corrupção e desonestidade no exercício do cargo presidencial. Toda essa polêmica coloca em xeque a idoneidade do ex-presidente e lança luz sobre as práticas questionáveis envolvendo suas empresas e a atuação no governo.

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