Biden faz discurso emocionante em igreja emblemática e enfrenta protestos por guerra entre Israel e Hamas.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um discurso emocionante contra o racismo nesta segunda-feira (8), na igreja metodista episcopal africana Madre Emanuel em Charleston, Carolina do Sul. O local foi cenário de um massacre racista em 2015, quando um supremacista branco matou a tiros nove paroquianos negros. Durante o discurso, o presidente afirmou que o “veneno” dos supremacistas brancos não tem lugar nos Estados Unidos e denunciou a tentativa de apagar a história do país ao não apresentar a Guerra de Secessão como um conflito sobre a escravidão.

“Biden ressaltou que a escravidão envolveu a Guerra de Secessão, destacando a importância de reconhecer a história do país e as lutas pela igualdade”, afirmou o presidente durante a cerimônia. Além disso, Biden criticou a pré-candidata das primárias republicanas Nikki Haley por ter omitido a escravidão como uma das causas do conflito, ressaltando a importância de manter a história viva e reconhecer os erros do passado.

Durante o discurso na igreja histórica, Biden também abordou sua fé católica, o apoio aos direitos civis e a ajuda da igreja após a morte de seu filho mais velho, Beau, aos 46 anos, vítima de câncer. No entanto, o evento foi marcado por protestos de manifestantes que pediam o “cessar-fogo já!” em Gaza, onde Israel trava uma guerra contra o movimento islâmico palestino Hamas.

Apesar do discurso emocionante e das críticas aos supremacistas brancos, Biden enfrenta desafios para conquistar o apoio de eleitores afro-americanos e latinos, que são fundamentais para o partido democrata. Pesquisas indicam um apoio menor entre essas comunidades, o que pode resultar em uma alta abstenção nas eleições.

Além disso, a política de apoio firme a Israel adotada por Biden tem sido motivo de críticas em seu próprio partido. Durante o discurso, o presidente afirmou que está trabalhando discretamente para que Israel reduza sua presença no território palestino, mas os manifestantes presentes pediram um posicionamento mais firme.

Diante desses desafios e das críticas, Biden está se preparando para as eleições de novembro, nas quais busca a reeleição. Apesar das incertezas, o líder democrata está determinado a enfrentar os desafios e conquistar o apoio de comunidades historicamente marginalizadas.

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